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"Tem que ficar muito claro que no território da NATO ninguém entra" frisa António Costa
António Costa lembra que a Aliança Atlântica "é defensiva" mas que "é preciso que fique muito claro que no território da NATO ninguém entra". À chegada a Bruxelas o primeiro-ministro diz ainda que Portugal tem aplicado todas as sanções decretadas à Rússia e que tem sido enviado "apoio material e humanitário" à Ucrânia.
À chegada a Bruxelas, para participar na cimeira da NATO o primeiro-ministro António Costa sublinhou a ideia de que a Aliança Atlântica é "defensiva" e que "não desencadeia a guerra."
"A paz está distante desde o primeiro dia em que a guerra começou, esta guerra tem sido conduzida de uma forma particularmente brutal, violenta e dura, não se dirigindo a alvos militares, mas, pelo contrário, uma destruição massiva de cidades, numa falta de humanidade como eu creio que nenhum de nós tem memória de ter visto numa guerra", apontou António Costa notando que a "reunião" dos países Aliados "vale por si própria" pelo momento em que se realiza na defesa da paz. Para o primeiro-ministro "um minuto de guerra já é um minuto a mais".
Costa, acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, rejeita que a NATO tenha contribuído para o aumento da tensão e consequente invasão russa à Ucrânia, mas diz que "é preciso que fique muito claro que no território da NATO ninguém entra". Questionado sobre a ameaça russa de utilização de armamento nuclear, Costa acrescentou ainda que "a NATO não contribuirá em nada para essa escalada"
Sobre o papel de Portugal, diz o primeiro-ministro que Portugal tem "aplicado todas as sanções que têm vindo a ser decretadas" e que tem "fornecido apoio material e humanitário" que tem sido solicitado.
No dia em que se assinala um mês depois da invasão da Rússia à Ucrânia, Bruxelas é o palco de três cimeiras de alto nível, com os líderes da NATO, do G7 e da União Europeia a procurarem transmitir um sinal de forte unidade face à guerra.
Na reunião da NATO vai ser discutido um reforço de meios militares no leste da Europa e do apoio à Ucrânia.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai participar nas três cimeiras, sendo o primeiro chefe de Estado norte-americano a marcar presença fisicamente num Conselho Europeu, que reuniu quatro vezes nas últimas cinco semanas.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky deverá intervir na reunião dos líderes da União Europeia através de videoconferência.