Notícia
Países nórdicos com dúvidas sobre limitação de vistos a russos, Alemanha rejeita medida
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Finlândia apresentou no início de agosto um plano para limitar os vistos de turista emitidos para russos que desejam visitar o país, defendendo que deve haver uma decisão nesse sentido ao nível europeu.
15 de Agosto de 2022 às 19:57
Os países nórdicos manifestaram esta segunda-feira, em Oslo, na Noruega, dúvidas sobre a limitação de vistos de turismo para russos, em reação à guerra na Ucrânia, enquanto a Alemanha manteve a sua posição de rejeição.
"Os russos comuns não começaram a guerra, mas, ao mesmo tempo, temos de entender que eles apoiam a guerra", disse a primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin (na foto), após um encontro em Oslo, entre os cinco chefes de governo nórdicos e o alemão.
"Não é justo que cidadãos russos possam entrar na Europa, no espaço Schengen, serem turistas [...] enquanto a Rússia mata pessoas na Ucrânia", acrescentou, durante uma conferência de imprensa conjunta.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Finlândia apresentou no início de agosto um plano para limitar os vistos de turista emitidos para russos que desejam visitar o país, defendendo que deve haver uma decisão nesse sentido ao nível europeu.
Desde a proibição de voos da Rússia para a União Europeia (UE), mais turistas russos estão a viajar para a Finlândia, país que partilha uma longa fronteira com a Rússia, para transitar para outros estados europeus.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, expressou as suas reservas sobre tal medida.
"Impor sanções aos responsáveis pela guerra [na Ucrânia] foi uma decisão importante e continuaremos a fazê-lo, mas esta não é a guerra do povo russo, é de Putin. Devemos ser muito claros nesse ponto", afirmou o chanceler alemão na conferência de imprensa com os chefes de governo dos cinco países nórdicos.
Scholz também defendeu que uma proibição dos vistos pode tornar a situação mais difícil para as pessoas que fogem da Rússia por causa da guerra.
A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, disse entender a posição alemã, mas também simpatizou com aqueles que se sentem "estranhos" porque turistas de um país que "atacou outro país europeu" viajam "livremente pela Europa".
"É uma discussão importante, devemos estar abertos para discutir se podemos fazer mais coisas", disse Mette Frederiksen.
Os líderes da UE vão discutir a possibilidade de restringir ou proibir a emissão de vistos para turistas russos na reunião informal nos dias 30 e 31 de agosto, na República Checa, que detém a presidência do Conselho da UE neste semestre.
A República Checa, tal como vários países bálticos e a Finlândia, pronunciou-se a favor desta medida.
A chefe de Governo sueca, Magdalena Andersson, foi mais ambígua e destacou que seu país ainda não tomou uma decisão.
"Acho que esta discussão reflete que esta é uma questão difícil, há fortes argumentos em ambas as direções. Vamos continuar essas discussões com os nossos amigos europeus. Estamos a avaliar as diferentes opções", disse Magdalena Andersson.
O seu homólogo norueguês, Jonas Gahr Støre, sublinhou que o seu país, que não faz parte da UE mas integra o Espaço Económico Europeu (EEE), apoiou todos os pacotes de sanções de Bruxelas contra Moscovo e que incluem a proibição de voos diretos da Rússia para o território da UE, e insistiu em que não é uma questão "preto no branco".
"Os russos comuns não começaram a guerra, mas, ao mesmo tempo, temos de entender que eles apoiam a guerra", disse a primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin (na foto), após um encontro em Oslo, entre os cinco chefes de governo nórdicos e o alemão.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Finlândia apresentou no início de agosto um plano para limitar os vistos de turista emitidos para russos que desejam visitar o país, defendendo que deve haver uma decisão nesse sentido ao nível europeu.
Desde a proibição de voos da Rússia para a União Europeia (UE), mais turistas russos estão a viajar para a Finlândia, país que partilha uma longa fronteira com a Rússia, para transitar para outros estados europeus.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, expressou as suas reservas sobre tal medida.
"Impor sanções aos responsáveis pela guerra [na Ucrânia] foi uma decisão importante e continuaremos a fazê-lo, mas esta não é a guerra do povo russo, é de Putin. Devemos ser muito claros nesse ponto", afirmou o chanceler alemão na conferência de imprensa com os chefes de governo dos cinco países nórdicos.
Scholz também defendeu que uma proibição dos vistos pode tornar a situação mais difícil para as pessoas que fogem da Rússia por causa da guerra.
A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, disse entender a posição alemã, mas também simpatizou com aqueles que se sentem "estranhos" porque turistas de um país que "atacou outro país europeu" viajam "livremente pela Europa".
"É uma discussão importante, devemos estar abertos para discutir se podemos fazer mais coisas", disse Mette Frederiksen.
Os líderes da UE vão discutir a possibilidade de restringir ou proibir a emissão de vistos para turistas russos na reunião informal nos dias 30 e 31 de agosto, na República Checa, que detém a presidência do Conselho da UE neste semestre.
A República Checa, tal como vários países bálticos e a Finlândia, pronunciou-se a favor desta medida.
A chefe de Governo sueca, Magdalena Andersson, foi mais ambígua e destacou que seu país ainda não tomou uma decisão.
"Acho que esta discussão reflete que esta é uma questão difícil, há fortes argumentos em ambas as direções. Vamos continuar essas discussões com os nossos amigos europeus. Estamos a avaliar as diferentes opções", disse Magdalena Andersson.
O seu homólogo norueguês, Jonas Gahr Støre, sublinhou que o seu país, que não faz parte da UE mas integra o Espaço Económico Europeu (EEE), apoiou todos os pacotes de sanções de Bruxelas contra Moscovo e que incluem a proibição de voos diretos da Rússia para o território da UE, e insistiu em que não é uma questão "preto no branco".