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Oligarcas russos apostam em joias em relógios de luxo

A italiana Bulgari confirmou à Bloomberg ter tido um crescimento nas vendas. Omega e Rolex também têm sido opção de milionários russos.

Alessandro Garofal/Reuters
06 de Março de 2022 às 11:37
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As sanções contra a Rússia estão a provocar danos junto dos que são mais próximos de Putin. Muitos oligarcas têm estado a canalizar parte dos bens para joias e relógios de luxo de forma a tentarem preservar os bens que detêm, face às sanções e a um rublo cada vez mais debilitado.

A Bulgari é uma das empresas de luxo que, nos últimos dias, tem vindo as vendas dispararem por ser "um investimento seguro". As palavras são de Jean-Christophe Babin, CEO da marca italiana, em declarações à Bloomberg.

A marca, que pertence ao grupo LVMH, tinha inicialmente previsto manter as lojas abertas na Rússia e alterar os preços para compensar as perdas face à descida do rublo. A decisão da casa-mãe acabou por alterar os planos da Bulgari, já que as 124 lojas do grupo passaram a estar fechadas desde este domingo, 6 de março.

Além das joias, também os relógios de luxo têm sido uma aposta para fugir à desvalorização do rublo e às sanções à Rússia. A Omega (do grupo Swatch) e a Rolex serão as lojas a que estarão a recorrer os oligarcas russos. A Cartier era outra das marcas, mas a empresa suspendeu entretanto a atividade naquele país, alegando dificuldades operacionais e riscos para a segurança dos trabalhadores.

Os dados da Morgan Stanley, citados pelo El Economista, mostram que o mercado russo não é particularmente relevante para as marcas de luxo. Aquele país representa, por exemplo, 2% das receitas totais dos grupos LVMH e Swatch, sendo menos de 3% da Richmont.

Marcas de luxo posicionam-se

Apesar da elevada procura de joias e relógios por oligarcas russos, a verdade é que a maioria das marcas de luxo tem optado por se distanciar do regime russo.

A francesa Hermès foi a primeira a posicionar-se e a anunciar o encerramento temporário das três lojas que detém na Rússia. Emprega cerca de 60 trabalhadores.

Já a Balenciaga, do grupo Kering, eliminou todas as publicações da conta de Instagram para as substituir pela bandeira da Ucrânia, tendo também feito apelos a doações para o Programa Mundial de Alimentos.


A dona da Louis Vuitton, além do fecho das lojas do grupo, doou 5 milhões de euros à Cruz Vermelha Internacional e anunciou apoio financeiro aos seus cerca de 150 trabalhadores na Ucrânia.

A Burberry, que tem duas lojas na Rússia, suspendeu todos os envios para o país face aos "desafios operacionais" que existem atualmente.

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