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Macron: Rússia "perdeu geopoliticamente" e está a entrar em "vassalagem perante a China"

"A Rússia já perdeu geopoliticamente", afirmou Macron ao diário L'Opinion, referindo-se às ligações de Moscovo com os seus aliados tradicionais, a China, e ao alargamento da NATO à Suécia e à Finlândia.

Presidente francês estima que em 2030 o país tenha 20 milhões de reformados, mais três milhões do que atualmente.
Gonzalo Fuentes/Reuters
14 de Maio de 2023 às 18:30
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O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou hoje que a Rússia "perdeu geopoliticamente" a guerra na Ucrânia e está a entrar "numa forma de vassalagem em relação à China".

"A Rússia já perdeu geopoliticamente", afirmou Macron, citado pela agência France-Presse (AFP), referindo-se às ligações de Moscovo com os seus aliados tradicionais, a China, e ao alargamento da NATO à Suécia e à Finlândia.

"Sejamos claros, não se trata de uma 'operação especial' porque Vladimir Putin decidiu mobilizar-se. A Rússia pôs em causa os seus aliados históricos, o seu espartilho de primeira linha. Iniciou, de facto, uma forma de vassalagem perante a China e perdeu o acesso ao Báltico, que era fundamental para si, uma vez que precipitou a escolha sueca e finlandesa de aderir à NATO", explicou o Presidente francês ao diário L'Opinion.

De acordo com Macron, estes desenvolvimentos eram "impensáveis ainda há dois anos", pelo que já se configura como "uma derrota geopolítica".

De acordo com Macron, que segundo várias fontes se prepara para receber hoje o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelenski, a Rússia "não deve ganhar a guerra militar".

"Aí cabe-nos ver como ajudar os ucranianos na sua contraofensiva, como preparar a questão das garantias de segurança para as negociações que inevitavelmente terão lugar", acrescentou o chefe de Estado à publicação francesa.

Macron insistiu que, a longo prazo, "a arquitetura de segurança europeia terá de garantir de forma plena a segurança da Ucrânia" do futuro, ao mesmo tempo que "terá de conceber uma não-confrontação com Moscovo e "reconstruir equilíbrios saudáveis". "Mas ainda faltam muitos passos para lá chegar", assertou.

Zelensky fez este fim de semana um pequeno périplo pela Europa, passando por Roma, Berlim e Aachen - onde recebeu o Prémio Internacional Carlos Magno -, sendo agora esperado em Paris.
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