Notícia
Forças russas começaram a retirar-se da central nuclear de Chernobyl
De acordo com um alto funcionário do Pentágono, o Exército russo começou a retirar-se do aeroporto de Gostomel, a noroeste de Kiev, e está a reposicionar-se a partir de Chernobyl, deslocando-se para a Bielorrússia.
30 de Março de 2022 às 23:19
As forças russas começaram a retirar-se da central nuclear de Chernobyl, que controlam desde os primeiros dias da invasão na Ucrânia, e do aeroporto de Gostomel, perto de Kiev, revelou hoje fonte do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
De acordo com um alto funcionário do Pentágono, o Exército russo começou a retirar-se do aeroporto de Gostomel, a noroeste de Kiev, e está a reposicionar-se a partir de Chernobyl, deslocando-se para a Bielorrússia.
"Entendemos que estão a sair, mas não consigo dizer se estão todos a ir embora", acrescentou a mesma fonte, citada pela agência France Presse (AFP) e que falou sob a condição de anonimato.
Desde 9 de março que a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) deixou de receber dados diretamente da central nuclear onde ocorreu em 1986 o maior acidente radioativo da história.
Ainda no domingo, a agência das Nações Unidas voltou a manifestar preocupação com a falta de rotatividade dos funcionários desta central desde 20 de março.
A agência para o nuclear da ONU indicou na terça-feira que o seu diretor-geral está na Ucrânia para discutir com responsáveis do governo a disponibilização de "assistência técnica urgente" para garantir a segurança das instalações nucleares do país.
Desde o início da ofensiva militar russa, há mais de um mês, Rafael Grossi tem alertado para os perigos desta guerra, a primeira num país com uma grande capacidade nuclear - 15 reatores em quatro centrais em atividade e vários depósitos de resíduos nucleares.
As forças russas controlam ainda a maior central nuclear da Europa, em Zaporijia.
O porta-voz do Pentágono, John Kirby, tinha revelado que "menos de 20%" das forças russas cujo avanço na região em torno de Kiev foi impedido pelo Exército ucraniano "começaram a reposicionar-se em direção à Bielorrússia".
"Estimamos que se estão a reposicionar na Bielorrússia. Não temos um número exato, mas esta é nossa estimativa preliminar", acrescentou John Kirby em conferência de imprensa.
O responsável norte-americano alertou que as palavras da Rússia sobre uma desescalada em torno de Kiev ainda não estão a ser cumpridas.
O porta-voz do Pentágono explicou que para os Estados Unidos estas movimentação não significam uma retirada, mas uma tentativa da Rússia em reabastecer e reposicionar as suas tropas.
O diretor de comunicação do Departamento de Defesa norte-americano lembrou que Rússia estabeleceu como meta priorizar a região do Donbass, no leste ucraniano.
A Rússia também anunciou, após conversações na terça-feira com negociadores ucranianos em Istambul, que iria reduzir as suas atividades em torno de Kiev e Chernihiv num gesto para aliviar a pressão e ajudar as conversações a encaminhar-se para um acordo.
Apesar da intenção de desescalada manifestada por Moscovo, o governador de Chernihiv, Viacheslav Chaus, disse esta quarta-feira que os ataques russos contra as infraestruturas civis continuaram durante a noite.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.189 civis, incluindo 108 crianças, e feriu 1.901, entre os quais 142 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
De acordo com um alto funcionário do Pentágono, o Exército russo começou a retirar-se do aeroporto de Gostomel, a noroeste de Kiev, e está a reposicionar-se a partir de Chernobyl, deslocando-se para a Bielorrússia.
Desde 9 de março que a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) deixou de receber dados diretamente da central nuclear onde ocorreu em 1986 o maior acidente radioativo da história.
Ainda no domingo, a agência das Nações Unidas voltou a manifestar preocupação com a falta de rotatividade dos funcionários desta central desde 20 de março.
A agência para o nuclear da ONU indicou na terça-feira que o seu diretor-geral está na Ucrânia para discutir com responsáveis do governo a disponibilização de "assistência técnica urgente" para garantir a segurança das instalações nucleares do país.
Desde o início da ofensiva militar russa, há mais de um mês, Rafael Grossi tem alertado para os perigos desta guerra, a primeira num país com uma grande capacidade nuclear - 15 reatores em quatro centrais em atividade e vários depósitos de resíduos nucleares.
As forças russas controlam ainda a maior central nuclear da Europa, em Zaporijia.
O porta-voz do Pentágono, John Kirby, tinha revelado que "menos de 20%" das forças russas cujo avanço na região em torno de Kiev foi impedido pelo Exército ucraniano "começaram a reposicionar-se em direção à Bielorrússia".
"Estimamos que se estão a reposicionar na Bielorrússia. Não temos um número exato, mas esta é nossa estimativa preliminar", acrescentou John Kirby em conferência de imprensa.
O responsável norte-americano alertou que as palavras da Rússia sobre uma desescalada em torno de Kiev ainda não estão a ser cumpridas.
O porta-voz do Pentágono explicou que para os Estados Unidos estas movimentação não significam uma retirada, mas uma tentativa da Rússia em reabastecer e reposicionar as suas tropas.
O diretor de comunicação do Departamento de Defesa norte-americano lembrou que Rússia estabeleceu como meta priorizar a região do Donbass, no leste ucraniano.
A Rússia também anunciou, após conversações na terça-feira com negociadores ucranianos em Istambul, que iria reduzir as suas atividades em torno de Kiev e Chernihiv num gesto para aliviar a pressão e ajudar as conversações a encaminhar-se para um acordo.
Apesar da intenção de desescalada manifestada por Moscovo, o governador de Chernihiv, Viacheslav Chaus, disse esta quarta-feira que os ataques russos contra as infraestruturas civis continuaram durante a noite.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.189 civis, incluindo 108 crianças, e feriu 1.901, entre os quais 142 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.