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Costa garante a Zelensky que Portugal continua "lado a lado com a Ucrânia"
Costa encontrou-se com o presidente ucraniano no âmbito da segunda cimeira da Comunidade Política Europeia, tendo assegurado que Portugal continua "lado a lado com a Ucrânia na defesa da sua integridade territorial e do direito internacional.
O primeiro-ministro, António Costa, encontrou-se esta quinta-feira com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, no âmbito da segunda cimeira da Comunidade Política Europeia, na cidade moldava de Bulboaca.
No Twitter, o chefe de Governo fez acompanhar a publicação de uma fotografia de um abraço entre ambos os líderes políticos, com uma frase onde assegura que Portugal continua "lado a lado com a Ucrânia na defesa da sua integridade territorial e do direito internacional, e na procura de uma paz justa e duradoura".
Continuamos lado a lado com a #Ucrânia na defesa da sua integridade territorial e do direito internacional, e na procura de uma paz justa e duradoura. Para isso ser possível, a Rússia não pode ganhar esta guerra. pic.twitter.com/hQUmGqhgUi
— António Costa (@antoniocostapm) June 1, 2023
"Para isso ser possível, a Rússia não pode ganhar esta guerra", acrescentou Costa no tweet.
Noutra publicação na rede social, o primeiro-ministro classificou este encontro como "muito útil", tendo Costa reiterado ao presidente ucraniano o "apoio militar, político, diplomático e humanitário" de Portugal.
Tive hoje um encontro muito útil com o Presidente @ZelenskyyUa, a quem reiterei o nosso apoio militar, político, diplomático e humanitário. pic.twitter.com/VoSRAZsWyB
— António Costa (@antoniocostapm) June 1, 2023
Em declarações aos jornalistas, Costa assegurou que os aliados da NATO estão a ultimar uma "posição coletiva" sobre o futuro da Ucrânia na Aliança Atlântica, depois de Zelensky ter pedido um "convite claro" na cimeira de julho.
"Os aliados estão a trabalhar na preparação da próxima Cimeira de Vílnius e neste momento é prematuro ainda dizer qual vai ser a posição que os Aliados vão assumir. Não haverá posições individuais, haverá uma posição coletiva e nós participaremos e estamos a participar na formação dessa posição coletiva", declarou António Costa.
Salientando que essa questão, de integração da Ucrânia na NATO, "não se coloca para já", António Costa defendeu que "a melhor forma de garantir uma paz justa e duradoura, após terminar a ofensiva militar, é em função daquilo que for a negociação dos termos de paz".
"Infelizmente, estamos muito longe ainda dessa situação", adiantou o primeiro-ministro, lamentando ainda os "ataques violentíssimos contra Kiev", registados hoje.
Já quando questionado sobre o apoio português à Ucrânia, António Costa referiu que "Portugal tem enviado bastante material militar de diferente natureza", de acordo com as suas "capacidades e disponibilidades".
"No que diz respeito à Aliança que está a ser desenvolvida, a plataforma multilateral [...] envolvendo vários países sobre a capacidade de combate aéreo, a disponibilidade que nós temos e aquilo que onde participaremos é nas ações de formação, [enquanto] outros participarão outros níveis", elencou.
A posição surge depois de, na semana passada, Portugal se ter manifestado disponível para dar formação a pilotos ucranianos na utilização dos caças F-16, mas ter apontado que para já não há disponibilidade para enviar aeronaves.
"Há vários países que têm trabalhado para ver como é que, no conjunto, podem satisfazer" as necessidades da Ucrânia e "aquilo que nos cabe a nós nessa operação é participar nas ações de formação", adiantou António Costa à imprensa portuguesa.