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Portugal vai dar apoio técnico a Kiev para aderir à União Europeia

Anúncio foi feito pelo primeiro-ministro, António Costa, numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Kiev, depois de uma reunião entre ambos que demorou mais de uma hora. A reconstrução de escolas será outra das áreas de apoio por parte de Portugal.

Miguel Baltazar
21 de Maio de 2022 às 13:43
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O primeiro-ministro afirmou este sábado que Portugal vai dar apoio técnico à Ucrânia para o seu processo de adesão à União Europeia e salientou que a opção europeia de Kiev deve ser acolhida "de braços abertos".

Esta colaboração entre os dois países foi anunciada por António Costa numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Kiev, depois de uma reunião entre ambos que demorou mais de uma hora.

O líder do executivo português adiantou que, para desenvolver esse programa de cooperação, em junho, estará em Lisboa o chefe de gabinete adjunto do Presidente Volodymyr Zelensky.

"Aguardamos com expectativa o relatório da Comissão Europeia sobre o pedido de adesão da Ucrânia à União Europeia. Pela parte de Portugal, daremos toda a colaboração técnica para apoiar esse processo de adesão, assim como também transmitiremos a nossa experiência na União Europeia", declarou.

Logo na sua declaração inicial na conferência de imprensa, António Costa sustentou que a opção europeia da Ucrânia deve ser acolhida "de braços abertos" e classificou Volodymyr Zelensky como "um líder que inspira o mundo", dizendo que representa "um exemplo de coragem e de notável resistência" perante a "brutal" agressão militar russa.

O primeiro-ministro manifestou também a disponibilidade de Portugal para participar num programa de reconstrução de escolas e jardins de infância da Ucrânia ou patrocinar a reconstrução de uma zona territorial a indicar pelas autoridades ucranianas.

Das opções pela reconstrução, o líder do executivo português manifestou preferência pela referente às escolas e jardins de infância, dizendo que o Estado Português tem experiência recente na execução desses programas de modernização de estabelecimentos de ensino.

"Dissemos ao Governo ucraniano que estamos disponíveis para patrocinar uma zona geográfica, mas propusemos à consideração do Presidente Zelensky uma outra solução: Patrocinamos a reconstrução de escolas e jardins de infância, porque é fundamental investir no futuro e garantir que as novas gerações ucranianas têm futuro na sua terra", afirmou.

De acordo com António Costa, ao longo dos últimos anos, "Portugal tem desenvolvido uma grande capacidade na renovação do seu próprio parque escolar".

"Temos experiência acumulada nessa matéria e, portanto, era uma contribuição diferenciada que podemos dar e que corresponde aos interesses da Ucrânia. Mas cabe ao Governo ucranianos decidir", completou.

António Costa adiantou que esta questão da colaboração de Portugal no processo de reconstrução da Ucrânia será um dos principais temas da reunião que esta tarde terá com o seu homólogo ucraniano, Denys Shmygal.

 Em relação ao apoio militar à Ucrânia, António Costa disse que Portugal fornece e vai fornecer material letal e não letal. Neste ponto, adiantou que ainda na sexta-feira aterrou na Polónia um avião com material militar, que, no entanto, não especificou.

No apoio militar, o primeiro-ministro disse que Portugal tem procurado corresponder aos pedidos formulados pelas autoridades de Kiev, mas "nem sempre tem possível".

"Muitas vezes não temos esses recursos de que a Ucrânia necessita. É um esforço que não treinou e vai continuar. Tomámos boa nota dos pedidos específicos da Ucrânia e vamos procurar ver se estão ao nosso alcance", acrescentou.

(notícia atualizada com mais informação)
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