Notícia
Costa alerta que suspensão de acordo dos cereais é "muito má notícia" que pode levar a crise global
"A não renovação do acordo por parte da Rússia é uma muito má notícia" e faz com que a comunidade internacional tenha de "encontrar as melhores soluções para que esse comércio se possa restabelecer", afirmou António Costa.
17 de Julho de 2023 às 18:13
O primeiro-ministro alertou hoje que a suspensão do acordo de cereais por parte da Rússia é uma "muito má notícia" que pode levar a uma "crise alimentar à escala global".
"[Foi] muito mal recebida, todos têm a noção de que esse acordo é uma condição fundamental para evitar uma crise alimentar à escala global", sustentou António Costa, em declarações aos jornalistas, durante uma interrupção dos trabalhos da cimeira da UE com os países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), em Bruxelas.
O primeiro-ministro acrescentou que "a não renovação do acordo por parte da Rússia é uma muito má notícia" e faz com que a comunidade internacional tenha de "encontrar as melhores soluções para que esse comércio se possa restabelecer".
"Há negociações em curso", referiu António Costa, explicando que uma delas poderá ser a procura de "mecanismos alternativos de pagamento, tendo em conta as sanções que existem" contra Moscovo.
Moscovo anunciou hoje a suspensão do acordo para exportação de cereais pelo Mar Negro através da Ucrânia, que estava em vigor desde o último verão. "O acordo está suspenso", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em conferência de imprensa.
O acordo de exportação de cereais tinha sido renovado por 60 dias em maio, apesar da resistência de Moscovo, mas o número de navios a fazer a travessia tinha vindo a diminuir.
Ao início da manhã, o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou a "corrida armamentista" que está a ser feita, em detrimento do investimento em programas socioeconómicos e da luta contra as alterações climáticas.
Questionado sobre as declarações de Lula da Silva, o primeiro-ministro considerou que "qualquer cidadão do mundo acha preferível" que os países invistam "dinheiro a combater a fome, a promover o desenvolvimento, do que gastá-lo em defesa".
"Não haverá, seguramente, ninguém no mundo que divirja dessa posição. Outra matéria diferente é saber se, neste momento, o reforço do investimento em defesa é ou não é necessário. Infelizmente é. Se é desejável? Não! Se é necessário? Sim", completou.
António Costa defendeu que "não há uma contradição de fundo sobre essa matéria" e rejeitou exagerar "sobre as diferenças" de posições.
"[Foi] muito mal recebida, todos têm a noção de que esse acordo é uma condição fundamental para evitar uma crise alimentar à escala global", sustentou António Costa, em declarações aos jornalistas, durante uma interrupção dos trabalhos da cimeira da UE com os países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), em Bruxelas.
"Há negociações em curso", referiu António Costa, explicando que uma delas poderá ser a procura de "mecanismos alternativos de pagamento, tendo em conta as sanções que existem" contra Moscovo.
Moscovo anunciou hoje a suspensão do acordo para exportação de cereais pelo Mar Negro através da Ucrânia, que estava em vigor desde o último verão. "O acordo está suspenso", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em conferência de imprensa.
O acordo de exportação de cereais tinha sido renovado por 60 dias em maio, apesar da resistência de Moscovo, mas o número de navios a fazer a travessia tinha vindo a diminuir.
Ao início da manhã, o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou a "corrida armamentista" que está a ser feita, em detrimento do investimento em programas socioeconómicos e da luta contra as alterações climáticas.
Questionado sobre as declarações de Lula da Silva, o primeiro-ministro considerou que "qualquer cidadão do mundo acha preferível" que os países invistam "dinheiro a combater a fome, a promover o desenvolvimento, do que gastá-lo em defesa".
"Não haverá, seguramente, ninguém no mundo que divirja dessa posição. Outra matéria diferente é saber se, neste momento, o reforço do investimento em defesa é ou não é necessário. Infelizmente é. Se é desejável? Não! Se é necessário? Sim", completou.
António Costa defendeu que "não há uma contradição de fundo sobre essa matéria" e rejeitou exagerar "sobre as diferenças" de posições.