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Zona Euro regista défice comercial de bens de 228,8 mil milhões de euros nos primeiros noves meses do ano
Em termos homólogos, as exportações para a Rússia caíram 34,3%, o que pode ser explicado pelas sanções impostas pelo Ocidente a Moscovo, no âmbito da invasão à Ucrânia. Já as importações cresceram 60,9% em igual período e recorrendo aos mesmos termos de comparação.
A Zona Euro registou um défice comercial de bens de 50,9 mil milhões de euros em agosto, uma queda expressiva face ao excedente de 2,8 mil milhões de euros registado em agosto do ano passado, de acordo com as estimativas rápidas do Eurostat divulgadas esta sexta-feira.
A exportação de bens para o resto do mundo registou um aumento de 24% em termos homólogos para 231,1 mil milhões de euros em agosto. Já as importações cresceram 53,6%, face ao mesmo período do ano passado, para 282,1 mil milhões de euros.
Por sua vez as trocas comerciais de bens na Zona Euro registaram uma subida homóloga de 34,8% para 210,5 mil milhões de euros.
Já no contexto da União Europeia (UE), as exportações de bens cresceram em termos homólogos 24,2% para 207,1 mil milhões de euros em agosto.
Já as importações escalaram 56,4% para 271,8 mil milhões de euros, tendo por isso registado um défice de 64,7 mil milhões de euros. Por sua vez, o comércio de bens entre os 27 Estados-membros cresceu 32,3% para atingiu 329,5 mil milhões de euros durante o mesmo período e tendo em conta os mesmos termos de comparação.
No acumulado dos nove meses, as exportações de bens da Zona Euro para o resto do mundo atingiram os 1,8 biliões de euros, um aumento de 18,7% em termos homólogos, enquanto as importações bateram nos os 2 biliões de euros, uma subida homóloga de 44,7%, tendo assim registado um défice de 228,8 mil milhões de euros, face a um excedente de 124,0 mil milhões de euros entre janeiro e agosto de 2021.
Dentro da Zona Euro, o comércio de bens durante este período chegou a 1,8 biliões de euros, uma subida de 27,2% face ao mesmo período do ano passado.
Já no caso da UE, as exportações de bens no acumulado dos nove meses cresceram em termos homólogos 18,1% para 1,6 biliões de euros, superadas pelas importações que escalaram 49,9% para cerca de 2 biliões de euros. As trocas comerciais entre os 27 países subiu 25,1% para 2,74 biliões de euros em comparação com janeiro e agosto do ano passado.
Numa análise ao acumulado dos nove meses, o maior parceiro do bloco continuam a ser os EUA com um total de 328,9 milhões de euros em exportações e 228,9 milhões de euros em importações de bens norte-americanos. Em termos homólogos, as exportações para a Rússia caíram 34,3%, o que pode ser explicado pelas sanções impostas pelo Ocidente a Moscovo, no âmbito da invasão à Ucrânia. Já as importações cresceram 60,9% em igual período e recorrendo aos mesmos termos de comparação.