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Turquia intercepta primeiro grupo de refugiados depois de novo acordo com a UE

Horas depois de um compromisso de cooperação com a União Europeia na gestão da crise dos refugiados, a Turquia interceptou um grupo de migrantes a caminho da Grécia. Entre eles estavam três traficantes de seres humanos.

Reuters
30 de Novembro de 2015 às 21:45
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As autoridades turcas interceptaram um grupo de cerca de 1.300 refugiados que planeavam chegar à Grécia de barco. Sírios, iraquianos, afegãos e três traficantes compunham o grupo encontrado perto da cidade Ayvacik na província de Canakkale, esta segunda-feira, 30 de Novembro. Segundo agentes da Guarda Costeira em declarações à Reuters, esta foi a maior operação do género dos últimos três meses.

 

Os migrantes e refugiados foram enviados para um centro de deportação, onde se prevê que alguns sejam enviados para os países de origem. Actualmente, o país acolhe mais de dois milhões de refugiados.


A intercepção do grupo de refugiados acontece horas depois do encontro entre o primeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu e os líderes dos Estados-membros da União Europeia. No encontro de domingo, Ahmet Davutoglu comprometeu-se a colaborar na gestão da crise de refugiados em troca de cerca de um apoio financeiro de cerca de três mil milhões de euros e de um acordo em matérias de vistos de viagem e novas conversações sobre a adesão de Ancara aos 28 países da União Europeia, possibilidade que está em cima da mesa há uma década.

Já na Alemanha, o número recorde de refugiados exige um reforço da equipa de segurança para ajudar no seu acolhimento e gestão, alerta a agência federal de emprego.

Até agora, já foram registados quase 700 crimes de fogo posto em centros de acolhimento. Em 2014, o número, ainda que elevado, não ultrapassou as duas centenas de registos. As autoridades locais têm registado um aumento das tensões entre quem chega à procura de asilo. Numa nota citada por um jornal alemão esta segunda-feira, 30 de Novembro, o governo germânico e os seus estados federais concordaram que é necessário aumentar o controlo e segurança. Berlim disse já ter aumentado a acção das suas agências de segurança.

 

Paralelamente, os controlos mais rigorosos na fronteira da Suécia levaram a uma queda acentuada no número de pessoas que procuram asilo na vizinha Noruega, avança a Autoridade de Imigração da Noruega (UDI). "Não há dúvida que o que aconteceu com as fronteiras suecas tem um impacto directo na Noruega", analisa o director da UDI, Frode Forfang. 

Mas a exclusividade não é sueca. Também Oslo decidiu, na semana passada, seguir o exemplo da Suécia e aumentou a segurança nas fronteiras para tentar reduzir o número de refugiados que entra no país. A Noruega espera receber mais de 35 mil refugiados este ano, um número três vezes superior ao do ano passado, mas ainda assim modesto quando comparado com a vizinha Suécia que espera receber 119 mil refugiados até ao final deste ano. A Noruega não pertence à União Europeia, mas é um membro do Espaço Schengen.

 

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