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Sondagens continuam a colocar Corbyn mais próximo de Theresa May
Apesar dos 11 pontos percentuais de vantagem dos conversadores relativamente aos trabalhistas, a sondagem do ICM para o Guardian coloca Jeremy Corbyn a recuperar ligeiramente face à primeira-ministra. Theresa May continua a perder terreno e é cada vez mais forte um cenário de perda de maioria pelos "tories".
Tem sido uma constante nas últimas semanas e, o passado fim-de-semana não alterou a tendência de quebra de Theresa May nas intenções de voto. A sondagem do ICP publicada esta segunda-feira, 5 de Junho, pelo Guardian, mostra que, apesar de continuar na dianteira dos estudos de opinião, o Partido Conservador da actual primeira-ministra britânica tem vindo a ver a sua vantagem reduzir.
Os "tories" mantiveram os 45% das intenções de voto já verificados no último estudo deste instituto de sondagens, enquanto o Partido Trabalhista cresceu um ponto percentual para 34%, pelo que a diferença entre os dois partidos caiu de 12 para 11 pontos percentuais.
O líder trabalhista, Jeremy Corbyn, surge assim uma vez mais a recuperar terreno para Theresa May, ele que aquando do anúncio de eleições antecipadas, feito pela primeira-ministra em meados de Abril, surgia a praticamente 20 pontos percentuais de distância.
With only 3 days to go until polling day, the latest ICM/Guardian poll shows an 11-point lead for the Conservatives over Labour #GE2017 pic.twitter.com/oxgFQtxJan
— ICM Unlimited (@ICMResearch) 5 de junho de 2017
A sondagem do ICM para o Guardian mantém inalteradas as intenções de voto dos Liberais Democratas (8%), do nacionalista UKIP (5%) e dos Verdes (3%).
YouGov 2017 election model estimates (5 June)
— YouGov (@YouGov) 5 de junho de 2017
CON 42%, 268-344 seats
LAB 38%, 234-299 seats
For full results visit: https://t.co/1eYpO4jRQq pic.twitter.com/8tAki1IGtw
Uma outra sondagem publicada esta segunda-feira, pelo YouGov, confirma a quebra de Theresa May. A projecção do YouGov deixa os "tories" aquém do mínimo de 326 mandatos necessários à maioria. Neste estudo, o partido de May mantém os 42% assim como o "labour" permanece com os 38% já registados na sondagem publicada no sábado por este instituto.
A maior proximidade verificada na sondagem do YouGov explica-se, pelo menos parcialmente, num crescimento dos trabalhistas potenciado pelas intenções de voto declaradas pelos eleitores mais jovens e por aqueles que não votaram nas eleições parlamentares de 2015, cuja maioria diz agora pretender votar em Jeremy Corbyn.
Por outro lado, a sondagem do ICM, explica o Guardian, é mais céptica relativamente à real mobilização do eleitorado acima referido quando for chegada a hora de votar nas eleições que terão lugar já esta quinta-feira, 8 de Junho.
A campanha eleitoral foi hoje retomada no Reino Unido, isto depois de o país ter sido, no sábado, palco de mais um ataque terrorista. Depois do ataque de há duas semanas em Manchester ter provocado a primeira suspensão das acções de campanha, desta feita foi o atentado em Londres a fazer com que os partidos suspendessem as suas actividades eleitorais. A única força política que, este domingo, manteve inalteradas as acções de campanha programadas foi o UKIP.
Logo no domingo, Theresa May anunciou um endurecimento das medidas antiterroristas, considerando que no Reino Unido existe "demasiada tolerância com o extremismo". Mas sendo cedo ainda para antecipar eventuais implicações dos últimos atentados para o resultado final, nesta altura a generalidade das sondagens reforça a possibilidade de Theresa May perder a maioria actualmente detida pelos "tories" em Westminster, conquistada em 2015 por David Cameron de forma algo surpreendente, principalmente tendo em conta que as sondagens de então colocavam conservadores e trabalhistas muito próximos nas intenções de voto.
May estará assim na iminência de não ver concretizada a sua estratégia, já que a decisão de convocar eleições antecipadas se deveu ao facto de a primeira-ministra pretender aproveitar a grande vantagem nas sondagens para reforçar a posição dos "tories". A governante pretendia também reforçar o seu próprio mandato com vista à negociação do Brexit, conferindo-lhe maior legitimidade eleitoral já que a governante sucedeu a Cameron sem ter sido eleita.