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Socialistas espanhóis otimistas num acordo com Unidas Podemos para governar

Os socialistas espanhóis manifestaram-se hoje otimistas quanto à perspetiva de alcançar um acordo com a aliança Unidas Podemos (esquerda radical) que assegure a investidura de Pedro Sánchez como presidente do Governo espanhol na próxima semana.

EPA
20 de Julho de 2019 às 14:58
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"Estamos convencidos de que alcançaremos um acordo", afirmou hoje a vice-secretária-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e porta-voz da força política, Adriana Lastra, um dia depois do líder da Unidas Podemos, Pablo Iglesias, ter anunciado que renunciava a ser ministro num eventual Governo de coligação liderado pelo socialista Pedro Sánchez.

 

Os socialistas, que venceram as eleições legislativas de 28 de abril mas sem maioria absoluta, ainda estão a negociar o apoio do Podemos, indispensável para que Sánchez seja investido como líder do executivo espanhol na próxima semana pelo Parlamento.

 

O PSOE dispõe apenas de 123 dos 350 assentos que compõem a Câmara dos Deputados. Como tal, o partido de Sánchez precisa do apoio dos 42 deputados do Podemos e dos representantes de vários partidos regionalistas para ser reconduzido.

 

A perspetiva de criar um governo de coligação entre forças da esquerda espanhola ganhou novos contornos na sexta-feira, depois de Pablo Iglesias ter anunciado, numa mensagem publicada na rede social Twitter, que renunciava integrar o Conselho de Ministros.

 

"Não serei a desculpa do PSOE para que não haja um governo de coligação de esquerdas", afirmou Iglesias na mensagem acompanhada de um vídeo, um dia depois de Pedro Sánchez ter rejeitado a possibilidade do líder do Podemos integrar o Conselho de Ministros por causa de "divergências muito importantes" em várias matérias, nomeadamente sobre a Catalunha.


"Estar ou não no Conselho de Ministros não será um problema, sempre que não haja mais vetos e a presença da Unidas Podemos no governo seja proporcional aos votos", advertiu Pablo Iglesias na mesma mensagem.

 

A investidura de Pedro Sánchez começa a ser discutida na segunda-feira no Parlamento, estando previstas duas votações.

 

A primeira votação está prevista para terça-feira, mas requer de uma maioria absoluta, feito que, em princípio, Pedro Sánchez não alcançará


Se conseguir o apoio da aliança Unidas Podemos, Sánchez conseguirá uma maioria relativa, que será suficiente para ultrapassar uma segunda votação prevista para quinta-feira.


"Ainda restam 48 horas antes do início do debate inaugural. Precisamos de conversar sobre muitos assuntos", incluindo sobre o programa do executivo e sobre a "participação" do Podemos no Governo, referiu Adriana Lastra, a "número dois" do PSOE.


A representante garantiu ainda de que tudo será feito para que Espanha tenha "na próxima semana um governo totalmente operacional".

Se Pedro Sánchez não conseguir ser eleito, Espanha vê-se confrontada com um cenário de eleições gerais antecipadas.

 

 

 

 

 

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