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Portugal ultrapassa Polónia e Estónia em PIB per capita
País avançou duas posições no indicador de atividade de referência europeu, ficando em 80,5% da média da União Europeia. Já nas despesas das famílias, considerado um melhor indicador de bem-estar, houve queda.
Portugal melhorou no ano passado significativamente a posição do PIB per capita em termos europeus, ultrapassando Polónia e Estónia no ranking que pesa a atividade por habitante medida em paridades de poder de compra, revela nesta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O avanço nacional foi, também segundo o Eurostat, o maior de entre os 27 neste domínio em três anos, com o PIB per capita português a representar no final do ano passado 80,5% da média europeia, numa subida de 6,5 pontos percentuais face a 2021. É agora o 18.º mais elevado da União Europeia.
Na comparação com o grupo de países da Zona Euro, Portugal fica em 15.º, melhorando uma posição face aos dados de 2022.
Os dados reflectem a convergência ocorrida face à média europeia após um ano no qual Portugal registou um crescimento económico cinco vezes superior ao da média do bloco europeu, com o PIB nacional a avançar 2,5% em termos reais, enquanto a subida não foi além de 0,4% em termos do conjunto da União Europeia e também da Zona Euro.
O Eurostat indica que, além de Portugal, outros 11 países conseguiram avanços nos últimos três anos, sendo a maior subida a nacional (de 74% para 80,5% da média da UE27), seguida das de Espanha (de 85,2% para 90,5%), Roménia (de 72,5% para 77,9%) e Croácia (de 70,2% para 76%).
Em sentido oposto, o Eurostat destaca que Luxemburgo (260% para 237%), Iralnda (226% para 213%), Dinamarca (134% para 125%) e Suécia (121% para 114%) tiveram as maiores quedas no período de três anos analisado.
Mas, se Portugal se distingue na melhoria do indicador de atividade, tem por outro lado um recuo naquele que é considerado um melhor indicador de bem-estar relativo, a despesa de consumo individual per capita, também expressa em função dos preços médios da União Europeia.
Em 2023, os gastos de consumo relativos das famílias residentes no país passaram a 85% da média, descendo 0,3 pontos percentuais face ao ano anterior, com Portugal a cair da 17.ª melhor posição do bloco para a 18.ª (de 14.º para 15.º, considerando apenas a Zona Euro).
Na comparação com 2021 que é feita na publicação desta terça-feira pelo Eurostat, o país ainda melhora a posição relativa face aos 82,7% da média de gastos obtida dois anos antes.
No mesmo período analisado, Irlanda (de 90,5% para 98,7%) obteve a maior melhoria no indicador de relativo bem-estar da população, seguindo-se Chipre (de 93,8% para 99,5%) e Malta (de 84,8% para 90,5%).
Inversamente, o indicador caiu mais na Dinamarca (de 122% para 108,3%), na Suécia (de 111,6% para 106%), na Lituânia (de 92,7% para 88,3%) e na República Checa (de 86,3% para 80,9%).
Alterado às 16h49, com correção do valor da variação no PIB per capita em paridades de poder de compra entre 2021 e 2023.