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Portugal e mais quatro países aceitam receber migrantes do Sea Watch 3

O primeiro-ministro de Itália anunciou que Portugal, Alemanha, França, Malta e Roménia aceitaram repartir entre si os 47 migrantes do navio, resgatados em 19 de janeiro ao largo da Líbia.

Reuters
29 de Janeiro de 2019 às 23:03
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O primeiro-ministro de Itália, Giuseppe Conte, anunciou que cinco países europeus, entre os quais Portugal, aceitaram receber os 47 migrantes que aguardam há nove dias autorização para desembarcar do navio humanitário Sea Watch 3.

 

Conte, que falava no final da V Cimeira dos Países do Sul da Europa, em Nicósia, voltou a criticar a ausência de um mecanismo sistemático na União Europeia para lidar com os resgates de migrantes.

 

Esta nova crise demonstra "a incapacidade [da UE] para gerir este fenómeno com mecanismos europeus partilhados", disse.

 

Citado pela agência italiana ANSA, Giuseppe Conte anunciou que Portugal, Alemanha, França, Malta e Roménia aceitaram repartir entre si os 47 migrantes do navio, resgatados em 19 de janeiro ao largo da Líbia.

 

O Governo italiano, uma coligação entre a Liga (nacionalista) e o Movimento 5 Estrelas (antissitema), tem recusado a atracagem nos seus portos de navios humanitários, com o argumento de que o resgate de migrantes estimula o tráfico de pessoas e para pressionar os outros Estados-membros a agir.

 

Nos últimos meses, Portugal esteve várias vezes entre os países que aceitaram acolher migrantes resgatados por organizações humanitárias.

 

Segundo o Ministério da Administração Interna (MAI), em 2018, Portugal acolheu 86 pessoas resgatadas por navios humanitários.

 

Já em 2019, e antes deste caso, Portugal ofereceu-se para receber dez pessoas de um grupo de 49 migrantes que esperaram duas semanas no mar, ao largo de Malta, por autorização para desembarcar.

 

No final da semana passada, o Sea Watch 3, de pavilhão holandês, foi autorizado a entrar em águas territoriais italianas, ao largo do porto de Siracusa, na Sicília, devido à degradação das condições meteorológicas.

 

Uma médica portuguesa a bordo do navio, Catarina Paulo, descreveu hoje à Lusa uma espera "insustentável" e "indigna" em que todos, migrantes e voluntários, estão "a chegar ao limite".

 

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