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Mais de metade das PME portuguesas pretende exportar para novos mercados europeus
53% das PME portuguesas está a considerar novos mercados na Europa em 2020, refere um estudo da Clearwater International.
O abrandamento do crescimento global, o Brexit e a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China não estão a travar as ambições das empresas europeias de menor dimensão.
De acordo com um estudo realizado pela boutique de consultoria financeira Clearwater International junto de 2.100 PME da Europa Ocidental, mais de metade das PME europeias planeiam entrar em novos mercados em 2020.
52% das empresas que responderam pensam fazer negócios noutro país europeu este ano, com 44% focados em novos mercados mais distantes. Nas empresas portuguesas os resultados são idênticos à média europeia, com 53% das PME portuguesas a considerar novos mercados na Europa.
As empresas italianas são atualmente as mais otimistas (69%), seguidas de perto pela Irlanda (63%) e pela França (60%).
"Os resultados, que fazem parte de um relatório da Clearwater International chamado ‘Growth Europe’, indicam que as empresas estão a reagir positivamente ao abrandamento do crescimento global, ao Brexit e às tensões comerciais, mantendo a curto prazo os seus planos de crescimento", refere um comunicado da consultora.
42% das PME portuguesas que participaram na pesquisa classificaram as suas perspetivas a longo prazo como "muito positivas" e 51% como "positivas". Um resultado ligeiramente inferior à média europeia, onde mais de metade das empresas (54%) inquiridas classificam as suas perspetivas nos próximos 5-10 anos como "muito positivas".
O estudo mostra ainda que cerca de 68,5% das PME portuguesas estão "bastante ou muito otimistas em relação à economia do país".
Rui Miranda, Clearwater International Partner, Portugal, salienta: "Muito tem sido dito sobre o suposto desempenho menos favorável das empresas europeias em comparação com os seus rivais nos EUA e na China. Mas os resultados do nosso estudo mostram um sentimento positivo tanto no Reino Unido como na Europa continental", refere Rui Miranda, partner da Clearwater International, acrescentando que "os dados parecem indicar que as empresas olham para o futuro com otimismo relativo e um desejo de manter ou melhorar as suas posições atuais nos mercados".