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Macron aceita adiar Brexit por três meses
A França era o único país da União Europeia a colocar entraves a um novo adiamento do Brexit, mas Emmanuel Macron acabou por ceder.
A França aceitou juntar-se ao resto dos países da União Europeia no adiamento por três meses do prazo limite para o Reino Unido sair da União Europeia.
A posição foi transmitida por fonte oficial do governo francês, citada pela Bloomberg, dando conta que esta decisão foi comunicada ontem por Macron ao primeiro-ministro Boris Johnson. Está assim aberto o caminho para todos os países da União Europeia fechem o acordo interno para o adiamento do Brexit por três meses.
Bruxelas deverá dar até 31 de janeiro para que se realize o Brexit, de acordo com um esboço de uma proposta que será discutida esta segunda-feira, 28 de outubro, por representantes da UE, segundo avançou a Bloomberg na noite de domingo.
O Reino Unido terá mais três meses para conseguir fechar um acordo interno que permita concluir o acordo com a União Europeia para a sua saída da região. Bruxelas deverá dar até 31 de janeiro para que se realize o Brexit, de acordo com um esboço de uma proposta que será discutida esta segunda-feira, 28 de outubro, por representantes da UE, segundo a Bloomberg.
Esta era já a expectativa gerada na semana passada, quando os países aceitaram o pedido de extensão, deixando apenas pendente a sua duração.
Apesar de ser concedido mais um período de três meses, a proposta em cima da mesa deixa aberta a possibilidade de o Reino Unido sair mais cedo, a 30 de novembro ou a 31 de dezembro. Isto se entretanto os deputados britânicos conseguirem aprovar um acordo que tenha o aval dos outros países da UE.
A proposta em causa exclui a possibilidade de uma renegociação do acordo de saída. Acordo esse que foi aprovado pelos estados-membros na última cimeira e que inclui uma fronteira aduaneira no Mar da Irlanda.
O acordo mereceu também votos favoráveis no Parlamento britânico, mas o calendário para a aprovação da legislação necessária para o Reino Unido poder implementar o acordo foi chumbado pelos deputados, pelo que deixou de ser possível que o Brexit ordeiro fosse concretizado no dia 31 de outubro.
Este contexto obrigou Boris Johnson a pedir um novo adiamento do prazo para o Brexit – um documento que o primeiro-ministro enviou a Bruxelas sem assinar, mostrando a sua contrariedade -, o que já foi aceite pelos países. Contudo, ficou por esclarecer por quanto tempo seria este novo adiamento, com Bruxelas a remeter para esta semana a decisão.
A Bloomberg adianta que os diplomatas europeus deverão reunir-se às 10:00 em Bruxelas para discutir esta proposta de adiamento.
Esta segunda-feira deverá ser também marcada pela votação no Parlamento britânico de uma proposta de Johnson para que se realizem eleições antecipadas no dia 12 de dezembro. Sendo que esta proposta dificilmente será aprovada.