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Juncker: “Se não tivesse lutado pela manutenção da Grécia, a Zona Euro teria decaído”

Em vésperas de ir de férias, Juncker deu uma entrevista onde diz estar "impressionado" com o que se está a passar nos EUA, com as saídas constantes de responsáveis. E realça os indicadores positivos que estão a apontar para uma recuperação da economia europeia.

Reuters
03 de Agosto de 2017 às 11:21
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Jean-Claude Juncker deu uma entrevista ao Politico, onde fala sobre o seu papel na estabilidade da Zona Euro, em 2015, das relações com os EUA e das negociações do Brexit. Antes de ir de férias, o presidente da Comissão Europeia salienta os indicadores económicos positivos que têm sido divulgados e que apontam para uma recuperação da economia europeia.

 

Sobre a Zona Euro, Juncker salienta o seu papel na estabilidade da região, nomeadamente em 2015, quando alguns países defendiam que a Grécia deveria abandonar o euro. "Se a Comissão não garantisse que a Grécia não era expulsa da Zona Euro em 2015, o balanço seria menos bom. Na altura, lutei muito para a estabilidade no Eurogrupo, em particular pela Grécia [contra os desejos do ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble]. Se não o tivesse feito, a Zona Euro teria decaído".

 

Juncker diz que a sua experiência nas instituições europeias ajudaram-no a lidar com a chegada de Donald Trump e com o Brexit, um processo que o responsável máximo pela Comissão Europeia considera que será uma dor de cabeça.

 

"As pessoas vão ficando cada vez mais conscientes da densidade dos problemas, numa base diária, sem que sejam capazes de dar uma resposta coerente sempre", salienta. Juncker voltou a afastar a ideia de que o Brexit possa ser revertido, rejeitando a visão do primeiro-ministro maltês, Joseph Muscat, que "não exclui que não haja um Brexit".

 

Sobre os EUA, Juncker diz "ser impressionante" o que está a acontecer em Washington, que culminou com o despedimento de Anthony Scaramucci como director de comunicação da Casa Branca 10 dias depois de ter assumido a pasta.

 

"Estamos melhor organizados do que a administração Trump. E isso é porque se há algumas dificuldades internas, essas dificuldades são resolvidas com conversa em vez de se despedir alguém", rejeitando que a União Europeia esteja a despedaçar-se, como diz Trump.

 

Juncker diz que o último ano foi desafiante, mas que os países serão capazes de lidar quer com o Brexit quer com a administração Trump, considerando que apesar de todas as dificuldades "não há nada com que se queixar". O presidente da Comissão Europeia realça mesmo que "há coisas a reportar melhores [agora] do que há um ano" e isso "não depende do meu humor, mas sim dos factos".

 

Nas últimas semanas foram conhecidos os dados do desemprego, tendo os dados revelado que a taxa de desemprego desceu para mínimos de 2008. Já o crescimento da economia acelerou para o ritmo mais rápido desde o primeiro trimestre de 2011, com o produto interno bruto (PIB) a aumentar 2,1%.

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