Notícia
Jornais belgas suspendem cobertura das operações policiais em Bruxelas
Alguns dos principais jornais belgas francófonos decidiram suspender temporariamente a cobertura noticiosa das operações policiais contra o terrorismo, na sequência de um pedido da polícia da Bélgica, país que permanece sob alerta máximo de perigo de ataques terroristas.
Várias operações estão em curso devido à ameaça terrorista na Bélgica, indicou hoje a polícia federal belga à agência noticiosa France Press (AFP), pedindo expressamente à comunicação social para não revelar onde é que estão a decorrer e assegurando que, no final das ações policiais, será feita uma conferência de impressa sobre o tema.
Nesse sentido, jornais como o Le Soir, L'Avenir ou L'Echo suspenderam a cobertura das ações em curso, de acordo com informações nas suas páginas oficiais na internet ou na rede social Twitter.
"As operações estão em curso no coração de Bruxelas. A região continua em estado de alerta máximo. O L'Echo suspendeu, a pedido das autoridades, a publicação de detalhes quanto às operações dos serviços da polícia e das forças armadas", refere o jornal na sua página online.
Já o jornal Le Soir escreve na sua conta oficial no Twitter, que apenas fará "um balanço completo depois das operações policiais em curso, para não as comprometer".
O L'Avenir escreve que "como todas as redações, suspendeu momentaneamente as informações em curso sobre as operações em Bruxelas".
A polícia federal belga pediu à comunicação social que "não faça comentários em direto sobre as acções em curso, nomeadamente os lugares onde decorrem", disse um porta-voz da polícia belga.
A polícia pediu também à população em geral que não reporte os seus passos nas redes sociais durante as operações em curso.
As autoridades belgas decidiram hoje manter na segunda-feira o nível de alerta máximo na região de Bruxelas, por considerarem que permanece uma "ameaça séria e iminente" de ataques terroristas, anunciou o primeiro-ministro belga, Charles Michel.
Deste modo, na segunda-feira todas as linhas de metro continuarão encerradas e as escolas da região de Bruxelas fechadas, o que se aplica também às universidades e escolas superiores, estando prevista uma nova avaliação da situação da parte da tarde, precisou em conferência de imprensa Charles Michel, que se escusou a adiantar quaisquer dados sobre os "diversos inquéritos em curso".
"Tudo está a ser feito para que possamos retomar uma vida normal", garantiu repetidamente o primeiro-ministro.
O Centro de Crises da Bélgica, na sua página oficial no Twitter, apela à população que permaneça calma e que siga rigorosamente as instruções das autoridades.