Notícia
Itália: Pode haver coligação maioritária ou governo de transição
Marco Lisi professor de Estudos Políticos da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas fala sobre as eleições italianas e não exclui cenários.

Professor de Estudos Políticos na FCSH
As eleições produziram um parlamento bloqueado. E agora?
Pode emergir um governo de coligação que assegure uma maioria no parlamento (há diversas combinações possíveis). Ou um governo de transição (minoritário ou tecnocrático) para implementar determinadas reformas. O cenário de novas eleições é menos provável sem uma alteração à lei eleitoral. Dificilmente novas eleições dariam um resultado diferente.
Depende das negociações. A eleição para o presidente da Câmara dos Deputados e do Senado será uma prova da possível convergência com outras forças políticas. Programaticamente existem vários pontos de contacto, quer com a Liga Norte (em matéria de imigração ou Europa), quer com o PD (políticas sociais).
A Liga também quer governar. Isso reforça um cenário de acordo entre Di Maio e Salvini?
Depende de quais serão as prioridades do próximo governo e, neste ponto, o presidente pode ter um papel importante. O M5S e a Liga Norte têm pontos de convergência mas também grandes contradições. Teriam de abdicar de algumas das suas prioridades, o que teria efeitos negativos para os seus respectivos eleitorados.
Sem maioria, o que pode fazer o presidente Sergio Mattarella?
Pode convocar novas eleições ou tentar 'forçar' um governo tecnocrático que benefice de uma maioria parlamentar.