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Há 898 empresas portuguesas a exportar para o Japão. Acordo comercial assinado amanhã

Portugal exporta 146 milhões de euros para o Japão, nomeadamente vinho e bolachas. Os dados são da Comissão Europeia e foram divulgados em antecipação da assinatura oficial do acordo comercial.

16 de Julho de 2018 às 14:47
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Esta terça-feira a União Europeia assina um acordo comercial histórico (JEFTA) com o Japão. O que representa este acordo para cada Estado-membro? Para responder a esta pergunta, a Comissão Europeia elaborou um mapa interactivo que mostra as origens das exportações europeias para o Japão. Em Portugal, há 898 empresas a exportar para o país.

Do lado do Japão vão, por exemplo, ser reduzidas tarifas sobre os lacticínios, carne e vinho. Do lado da União Europeia serão reduzidas as tarifas nas importações de automóveis. Mas há muito mais. De acordo com a Comissão Europeia, o acordo com o Japão constitui a maior parceria comercial bilateral negociada até à data pelo bloco. Apesar de ser assinado oficialmente esta terça-feira, a sua aplicação só acontecerá após a aprovação nos Parlamentos nacionais.

Para Portugal isto representa uma oportunidade para 898 empresas, de acordo com os números da Comissão Europeia, das quais 87% são pequenas e médias empresas (PME). Ao todo estão em causa 5.929 postos de trabalho portugueses e 146 milhões de euros de exportações para o Japão. Já as importações japonesas para Portugal chegam aos 333 milhões de euros.

E o que exporta Portugal para o Japão? Segundo os dados da Comissão Europeia, as principais exportações dividem-se entre revestimento de parede (azulejo), materiais de construção e toalhas com origem no Porto e bolachas, vegetais enlatados e vinho com origem em Lisboa. São estes produtos que fazem com que o Japão seja o 17.º parceiro comercial extra-UE de Portugal.

As empresas nacionais são apenas uma pequena parte das trocas comerciais entre a União Europeia e o Japão. Ao todo, a UE exporta 58 mil milhões de euros em bens e 28 mil milhões de euros em serviços para território japonês. Estas exportações dão suporte a 600 mil postos de trabalho. Já as empresas japonesas sediadas na UE empregam 550 mil pessoas.

A previsão de Bruxelas é que o acordo leve a um crescimento das exportações para o Japão entre 16% a 24%, o que a concretizar-se irá beneficiar 74 mil empresas europeias. As mais beneficiadas deverão ser as que comercializam produtos alimentares processados, químicos ou máquinas eléctricas. As empresas europeias vão também passar a ter a oportunidade de participar em contratos públicos em muitas cidades japonesas, o que não é possível actualmente.

Além da aprovação dos Parlamentos nacionais, o acordo só entrará em vigor quando houver um mecanismo de resolução de conflitos entre as duas partes. Caso estes obstáculos sejam resolvidos ainda este ano, Bruxelas prevê que o acordo possa estar em vigor já no início de 2019. Este é um sinal contra o proteccionismo que a Comissão Europeia quer dar o mais rapidamente possível.

O acordo foi fechado há um ano. "Chegámos a um acordo político ao nível ministerial. Recomendamos aos líderes que o confirmem na cimeira", anunciou em Bruxelas a 5 de Julho de 2017 a comissária europeia para o Comércio, Cecília Malmström, ao lado do ministro japonês dos Negócios Estrangeiros, Fumio Kishida.

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