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Eurogrupo compromete-se a discutir gestão da dívida grega com compromissos

A missão da troika volta a Atenas esta terça-feira para avançar na primeira revisão do programa de ajuda externa à Grécia. Sem o qual não haverá discussão sobre a gestão da dívida.

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Negócios 07 de Março de 2016 às 23:51
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O governo grego tem mesmo de actuar em várias frentes, em particular no sistema de pensões, nas privatizações e na parte orçamental, para garantir que a discussão sobre a sua dívida possa ter lugar. Mas a porta foi aberta. E houve acordo para que os chefes de missão voltem a Atenas, o que deverá acontecer já esta terça-feira.

 

"A missão vai voltar a Atenas", garantiu Jeroen Dijsselbloem, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Eurogrupo, onde, aliás, deixou a mensagem de que tem, ainda, de haver trabalho e esforços por parte do Governo grego. Mas, acrescentou, se o governo grego cumprir os compromissos feitos ao abrigo do programa de resgate e conseguir um excedente primário faremos o que for preciso para tornar a dívida anual gerível, e isso tornámos explícito que essa discussão vai estar na nossa mesa no futuro próximo". Não deu calendário para que isso possa acontecer nem para a finalização da primeira revisão do actual programa de resgate, cujo acordo foi conseguido no último Verão. Atenas continua, por isso, sem receber a primeira fatia de dois mil milhões de euros do novo resgate que pode ascender a 86 mil milhões (o dinheiro que recebeu no Verão foi de empréstimos-ponte). 

 

Mas Dijsselbloem realçou, por diversas vezes, que o Governo grego tem trabalho para fazer e tem de fazer um esforço adicional, com reformas mais profundas. Essa, aliás, foi a mensagem que já tinha sido passada antes da reunião do Eurogrupo.

 

Pierre Moscovici, comissário europeu para os assuntos económicos, apontou as cinco áreas das quais são aguardadas mais medidas por parte da Grécia: estabilização e avanço do fundo para as privatizações; reforma orçamental; reforma das pensões – que disse mesmo ser "decisiva" – a criação da agência de controlo da receita e os empréstimos obrigacionistas.

 

Apesar de traçar as cinco prioridades de acção da Grécia, Moscovici disse estar "contente" pelo regresso dos chefes de missão ao país.  

 

Mais parco em palavras, e à saída do Eurogrupo, o ministro das Finanças da Grécia disse apenas ter sido um encontro "muito bom", com o acordo de regresso dos chefes de missão incluindo do FMI. Disse esperar negociações sobre a dívida. E concluiu: "Tenho a certeza que pessoas sensatas quando se sentarem à mesa encontrarão uma conclusão sensata".


Ministro das Finanças da Grécia acredita que "pessoas sensatas" chegarão a uma conclusão "sensata"
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Ministro das Finanças da Grécia acredita que 'pessoas sensatas' chegarão a uma conclusão 'sensata'

 

Neste Eurogrupo foi também discutido o programa cipriota. O Chipre terminará, com sucesso, o seu programa de ajuda externa no final deste mês, e a Comissão Europeia e o Eurogrupo congratularam o país por esse marco.


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