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Bruxelas preparada para aprovar mais sanções à Bielorrússia

Com os ministros dos Negócios Estrangeiros reunidos no Luxemburgo, o bloco dos 27 prepara mais sanções à Bielorrússia, após o desvio de um avião comercial da Ryanair onde seguia um ativista bielorrusso.

ANDRIUS SYTAS
21 de Junho de 2021 às 10:40
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A União Europeia está a preparar um novo pacote de sanções para aplicar à Bielorrússia, no sentido de pressionar o Governo de Alexander Lukashenko. De acordo com a Bloomberg, Josep Borrel, responsável do bloco para a área de política externa, indicou que serão aprovadas medidas dirigidas a pessoas e empresas e ainda um pacote de sanções económicas, que serão apresentadas aos líderes europeus no final da semana.

De acordo com este responsável europeu, as sanções económicas afetarão vários setores da economia da Bielorrússia, nomeadamente as indústrias ligadas aos cloreto de potássio e ao petróleo. Além disso, também serão aplicadas sanções a "86 indivíduos e entidades", avança a Bloomberg. Para Borrell, "as sanções são uma forma de colocar pressão no governo da Bielorrússia e vão afetar fortemente a economia" do país, disse aos jornalistas.

As sanções económicas de maior relevo deverão ser aplicadas às exportações de cloreto de potássio, um nutriente para o solo que é uma das principais exportações do país. Entre janeiro e abril o país aumentou as exportações de fertilizante em 18% para 834 milhões de dólares. No ano passado, as remessas deste recurso renderam 2,4 mil milhões de dólares.

Já o ministro austríaco dos Negócios Estrangeiros, Alexander Schallenberg, avançou à imprensa que serão também afetados setores ligados ao fosfato de potássio, o setor financeiro e ainda as telecomunicações com tecnologia para vigilância. "Temos de pensar onde é que lhes dói mais e isso terá de ser cirúrgico", acrescentou este ministro.

As relações entre o bloco dos 27 e a Bielorrússia enfrentaram um novo momento de pressão com o desvio de um avião comercial da Ryanair, que partiu da Grécia com destino à Lituânia. Com um pretexto de uma suposta ameaça de bomba a bordo, as autoridades aéreas da Bielorrússia pediram ao avião que aterrasse de emergência em Minsk, na Bielorrússia - ainda que o avião estivesse já mais próximo do destino, Vilnius. A bordo seguia Raman Pratasevich, jornalista e ativista que se opõe ao regime de Lukashenko. O jornalista e a namorada, Sofia Sapega, foram detidos pelas autoridades do país.

A ação da Bielorrússia foi contestada por vários líderes internacionais, com o bloco dos 27 a pedir a libertação do jornalista, responsável pelo canal do Telegram Nexta.
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