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Taxa de desemprego desce em Julho para 12,1%
A estimativa provisória do INE aponta para uma redução de 0,2 pontos face ao mês anterior da taxa de desemprego em Portugal. Os dados referem-se a Julho e apontam para uma taxa de desemprego de 12,1%.
A estimativa do INE aponta para 624,9 mil pessoas desempregadas em Julho, numa redução de 0,7% face ao valor agora definitivo obtido para Junho. A população empregada terá aumentado em 24,9 mil pessoas (ou 0,6%) face ao mês anterior.
Os dados agora publicados para Julho são provisórios, uma vez que se baseiam no trimestre móvel que vai de Junho a Agosto. Mas enquanto a informação relativa a Junho e Julho já foi recolhida, para Agosto "foi realizada uma projecção com base em modelos de séries temporais". Só daqui a um mês é que será conhecido o valor definitivo para Julho.
A taxa de 12,1 implica uma redução de dois pontos em termos homólogos. A confirmar-se, será o valor mais baixo desde Outubro de 2010, altura em que a taxa de desemprego se terá situados nos 12%, de acordo com a série do INE.
INE revê ligeiramente em baixa taxa de Junho
O que o INE apresenta agora como definitivo é o valor relativo a Junho. E o destaque revela que houve uma ligeira correcção face à estimativa provisória que tinha sido divulgada há um mês: em vez de a taxa de desemprego ser de 12,4% em Junho, situou-se afinal nos 12,3%.
De acordo com a informação agora disponível, a taxa de desemprego tem vindo a descer progressivamente dos 12,8% em Abril, para 12,4% em Maio, 12,3% em Junho e para a taxa (ainda provisória) de 12,1% em Julho. De acordo com esta metodologia, o número oficial de desempregados tem vindo a baixar de 655,9 mil em Abril para 624,9 mil pessoas em Julho (dados provisórios).
Os valores acima apresentados são ajustados de sazonalidade, mas o INE também apresenta dados não ajustados de sazonalidade. Estes últimos, que são os que são utilizados nos dados trimestrais, apontam no mesmo sentido, quer se analise a taxa de desemprego (que estará nos 11,7%), quer o número de desempregados (que estará nos 604,2 mil).
Nos últimos meses, as revisões da taxa de desemprego, que passaram a ser necessárias desde que o INE começou a fazer projecções mensais, têm gerado alguma polémica política. Numa conferência de imprensa, no início de Agosto, a presidente do INE, Alda Carvalho, admitiu que a utilidade das projecções provisórias foi posta em causa – admitindo o INE deixar de publicar dados para o último mês, que são os que podem ser revistos – mas também revelou que entidades como o Ministério da Economia ou das Finanças preferem continuar a receber estas projecções mais actuais, ainda que não sejam definitivas.
Recorde-se que a polémica em torno dos números mensais do desemprego começou quando o INE reviu em baixa a taxa de desemprego de Maio de 13,2% para 12,4%, o maior ajustamento de uma estimativa mensal. Essa revisão provocou reacções agressivas, com o Governo PSD/CDS-PP a sentir-se prejudicado, porque o número provisório apontava para um agravamento do desemprego, enquanto o definitivo mostrava a taxa mais baixa desde Julho de 2011. Nesse fim-de-semana, o Expresso publicava na sua primeira página "Governo furioso com o INE por causa do desemprego" e, nesse texto, fontes do Executivo insinuavam "motivações políticas" para a publicação desses dados.
Actualizado pela última vez às 11h42