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Salário mínimo chegou a 764 mil pessoas este ano

São os novos dados relativos a 2018, já depois do último aumento. Vieira da Silva destaca que o peso de trabalhadores que recebem o salário mínimo não aumentou face ao início de 2017.

Inês Gomes Lourenço
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Depois do último aumento para 580 euros brutos, o salário mínimo passou a abranger 764 mil pessoas, mais cerca de 30 mil do que no ano anterior, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira, 4 de Julho, pelo Ministro do Trabalho, no Parlamento.

Ao contrário do que tem acontecido, este salto não implicou um aumento do peso dos trabalhadores que recebem o salário mínimo no total, situando-se nos 22,9%, destacou Vieira da Silva. Isto porque o número total de trabalhadores também subiu.

"A proporção de trabalhadores abrangidos pelo SMN aumentou sempre que o SMN foi actualizado, excepto em 2018", refere a apresentação oficial, uma mensagem que foi sublinhada pelo Ministro.

Os dados revelados pelo Governo apontam ainda para aumentos salariais mais expressivos para quem está nos escalões salariais mais baixos: na ordem dos 6% nos escalões entre os 530 e os 600 euros; superiores a 3% entre os 600 e os 1800 euros; e "mais moderados" acima deste escalão: mais de 2% entre os 1.800 e os 2.500 euros e 1% acima deste valor.

No mês passado António Saraiva, presidente da CIP, admitiu que o salário mínimo venha em 2019 a ficar acima dos 600 euros, o valor previsto no Programa do Governo; o secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, admitiu isso mesmo, ao deixar o valor em aberto. No fim-de-semana, em entrevista ao DN e à TSF, Vieira da Silva não foi taxativo mas preferiu não se comprometer.

Nos primeiros três anos de legislatura o Governo seguiu à risca o Programa do Governo e aumentou o salário mínimo de 505 euros em 2015 para 530 em 2016, 557 euros em 2017 e 580 euros em 2018 (valores brutos). Foi depois deste último salto que o salário mínimo passou a abranger 764.166 pessoas, de acordo com os dados agora divulgados.

Não há estudos com dados absolutamente comparáveis, mas a informação recolhida pelos correspondentes da Fundação Europeia para as Condições de Vida e do Trabalho sugerem que Portugal é um dos países onde o salário mínimo mais pesa.

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