Notícia
Salário médio cai 4,7% em termos reais
A remuneração média até acelerou para 4% no terceiro trimestre deste ano, mas a subida foi incapaz de compensar a escalada dos preços. INE conclui que o salário médio caiu 4,7% em termos reais. Considerando apenas a remuneração base ou regular, a redução foi superior.
Os salários médios totais em Portugal recuaram 4,7% em termos reais, no segundo trimestre do ano, revelou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A informação, que resulta da análise de extensas bases administrativas da CGA e da Segurança Social, abrangendo 4,5 milhões de postos de trabalho, revela que a remuneração bruta mensal média por trabalhador subiu 4%, acelerando face ao trimestre anterior, para 1.353 euros.
Contudo, "em termos reais, tendo como referência a variação do Índice de Preços do Consumidor, a remuneração bruta total média diminuiu 4,7%", conclui também o INE.
Nos valores destacados está considerada, tal como em trimestres anteriores, a remuneração total, que além do salário base e das prestações regulares pode incluir por exemplo trabalho suplementar, abrangendo tudo o que o trabalhador recebe.
Contudo, se olharmos apenas para o salário base ou regular, a quebra real foi superior, de 4,9%.
"Ajustando para a inflação, medida pela variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC), que foi 9,1% no trimestre terminado em setembro de 2022, as remunerações analisadas (total, regular e base) registaram as seguintes variações homólogas reais: -4,7%, -4,9% e -4,9%", diz o INE.
No segundo trimestre, com um aumento nominal mais baixo, os salários estavam a recuar 4,6% em termos reais.
Salários do Estado voltam a ficar para trás
A diferença entre o aumento do salário médio no Estado e no privado é significativa: no privado, em termos nominais, a variação homóloga foi de 4,9%, para 1.222 euros; no Estado, apurado através do setor institucional das administrações públicas, foi de apenas 2%, para 1.724 euros, conclui o INE.
Assim, se no privado a quebra real foi de 3,9%, no público foi de 6,5%.
Os autores voltam a lembrar que a existência de um salário mais alto no Estado (embora com menor crescimento nominal) se deve às diferenças no tipo de trabalho e nas qualificações, já que mais de metade dos funcionários públicos são licenciados (22% no privado).
Por grandes setores (que incluem público e privado), os maiores aumentos nominais na remuneração verificaram-se nas atividades de educação (7,1%), nas empresas mais pequenas de até quatro trabalhadores (6,6%) e nos serviços de alta tecnologia com forte intensidade de conhecimento (6,4%).
Notícia atualizada às 12:18 com mais informação
A informação, que resulta da análise de extensas bases administrativas da CGA e da Segurança Social, abrangendo 4,5 milhões de postos de trabalho, revela que a remuneração bruta mensal média por trabalhador subiu 4%, acelerando face ao trimestre anterior, para 1.353 euros.
Nos valores destacados está considerada, tal como em trimestres anteriores, a remuneração total, que além do salário base e das prestações regulares pode incluir por exemplo trabalho suplementar, abrangendo tudo o que o trabalhador recebe.
Contudo, se olharmos apenas para o salário base ou regular, a quebra real foi superior, de 4,9%.
"Ajustando para a inflação, medida pela variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC), que foi 9,1% no trimestre terminado em setembro de 2022, as remunerações analisadas (total, regular e base) registaram as seguintes variações homólogas reais: -4,7%, -4,9% e -4,9%", diz o INE.
No segundo trimestre, com um aumento nominal mais baixo, os salários estavam a recuar 4,6% em termos reais.
Salários do Estado voltam a ficar para trás
A diferença entre o aumento do salário médio no Estado e no privado é significativa: no privado, em termos nominais, a variação homóloga foi de 4,9%, para 1.222 euros; no Estado, apurado através do setor institucional das administrações públicas, foi de apenas 2%, para 1.724 euros, conclui o INE.
Assim, se no privado a quebra real foi de 3,9%, no público foi de 6,5%.
Os autores voltam a lembrar que a existência de um salário mais alto no Estado (embora com menor crescimento nominal) se deve às diferenças no tipo de trabalho e nas qualificações, já que mais de metade dos funcionários públicos são licenciados (22% no privado).
Por grandes setores (que incluem público e privado), os maiores aumentos nominais na remuneração verificaram-se nas atividades de educação (7,1%), nas empresas mais pequenas de até quatro trabalhadores (6,6%) e nos serviços de alta tecnologia com forte intensidade de conhecimento (6,4%).
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