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Economia cria 90 mil empregos no primeiro ano de Costa

A criação de emprego entrou numa fase de moderação. Ainda assim, o balanço dos últimos 12 meses para os quais há dados definitivos revelam um reforço do emprego de mais de 90 mil trabalhadores. O desemprego continua a cair.

07 de Janeiro de 2017 às 09:00
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No último mês antes do actual Governo tomar posse havia 4.492,8 mil pessoas empregadas em Portugal. Um ano depois, em Outubro de 2016, 4.587 mil tinham trabalho. Ou seja, a economia criou cerca de 94 mil postos de trabalho líquidos neste período, embora o mercado de trabalho pareça estar a perder algum ímpeto agora que terminaram os (tipicamente mais fortes) meses de verão.

Os dados foram publicados sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e permitem fazer um balanço do comportamento do emprego durante o primeiro ano do Executivo de António Costa. Uma área que tem tido um desempenho positivo, apesar dos receios relacionados com a subida do salário mínimo. 

O arranque não foi fácil. O emprego teve uma evolução desapontante nos primeiros quatro meses do Governo, seguindo o perfil que tem sido habitual no Outono e Inverno. Contudo, a partir de Março começou a observar-se uma recuperação forte, que durou até Julho, a que se seguiram dois meses de quedas, em Agosto e Setembro.


Os dados não ajustados publicados agora pelo INE mostram um ligeiro crescimento do emprego em Outubro até aos 4.587 mil trabalhadores (a estimativa para Novembro aponta para uma nova contracção, mas estes valores provisórios têm sido revistos no mês seguinte).

Importa dizer que deve haver cuidado no relacionamento da actividade governativa com o comportamento do mercado de trabalho, até porque a recuperação do mesmo já tinha sido iniciada em 2013 e tem seguido um perfil muito semelhante: avanços fortes a partir do início do ano, com uma ressaca perto do final do Verão.

Para o Governo os dados do INE  são motivo de optimismo. "Os dados consolidam a tendência que se vem a registar ao longo do último ano, em particular nos últimos meses, de redução do número de desempregados e aumento da população empregada. O que nos faz acreditar numa melhoria sustentada e clara do mercado de trabalho", sublinhou o ministro do Trabalho, José Vieira da Silva.

Desemprego volta a cair para 10,6%

As tendências do mercado de trabalho são mais simples na óptica do desemprego, em que o desagravamento é claro. Ainda assim, a variação é semelhante ao emprego. Entre Outubro de 2015 e Outubro de 2016, o número de portugueses desempregados recuou de 639 para 550 mil. Há menos 89 mil pessoas sem trabalho. Mesmo sejam considerados os dados provisórios de Novembro, essa tendência não só se mantém como até se acentua.

Em Outubro, o desemprego continuou a cair para os 10,6%, menos 0,3 pontos percentuais face a Setembro. Esse é um valor definitivo. Em comparação com a estimativa provisória que o INE fez para este mês, esta taxa é 0,2 pontos mais baixa.
A nova estimativa provisória – agora para Novembro – mantém essa trajectória descendente para os 10,5%. O Governo espera que 2016 termine com uma taxa de desemprego média de 11,2%.

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