O número de desempregados inscritos nos centros de emprego no final do mês interrompeu o ciclo de sete subidas consecutivas ao cair 1,2% de janeiro para fevereiro.

Os 331 mil desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) no final do mês passado representam, ainda assim, um aumento de 4,9% face ao mesmo período do ano anterior.

"A nível regional, no mês de fevereiro de 2024, com exceção dos Açores (-12,3%) e da Madeira (-22,6%), o desemprego aumentou em termos homólogos, com o valor mais acentuado na região do Alentejo (+11,3%)", lê-se na síntese do IEFP, divulgada esta quarta-feira.

"Já em relação ao mês anterior, com exceção da Região de Lisboa e Vale do Tejo, a tendência é de redução do desemprego com a maior variação a acontecer na região do Algarve (-8,8%)", acrescenta o documento.

Diversos indicadores mostram que os últimos meses têm sido marcados por um aumento do emprego e, simultaneamente, do desemprego, uma vez que há agora mais população ativa.

Inscrições ao longo do mês seguem a mesma tendência

O número de desempregados inscritos no final do mês (o chamado "stock") é influenciado pelas pessoas que se inscrevem ao longo do mês (o chamado "fluxo") e por aqueles que no mesmo período deixam de estar inscritos como desempregados e disponíveis para trabalhar.

Os dados publicados esta quarta-feira também mostram que ao longo do mês se inscreveram 48 mil novos desempregados nos centros de emprego.

Este número dos novos inscritos também representa uma quebra de de 18,3% face ao mês anterior (de janeiro) e um aumento de 15,4% face a período homólogo (fevereiro de 2023).

As 9 mil ofertas de emprego recebidas caem tanto em cadeia (-10%) como em relação a período homólogo (-9,1%).

Já as 6,7 mil colocações feitas pelos centros de emprego recuam face ao mês anterior (-11,6%) e sobem em termos homólogos (+3%).

Notícia atualizada com mais informação pelas 10:25