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Parlamento francês autoriza reforma laboral de Macron
O parlamento francês deu autorização definitiva para que o Presidente, Emmanuel Macron, possa aprovar por decreto a reforma laboral, um projecto muito criticado pela oposição de esquerda.
O Senado foi a segunda das duas câmaras do parlamento a dar luz verde ao projecto de lei que permite ao Presidente levar a cabo a polémica reforma sem necessidade de mais debate, cumprindo assim uma das suas promessas eleitorais.
O voto dos senadores franceses, com 225 a favor e 109 contra, ocorreu um dia depois da votação dos deputados, dando por concluído o debate parlamentar.
O Governo francês apresentará em finais deste mês o seu projecto definitivo de revisão da lei laboral aos patrões e aos sindicatos, que terão posteriormente de o assinar.
Entre os pontos mais controversos que o Executivo quer ver aplicados estão a negociação ao nível das empresas para criar condições laborais e a redução das indemnizações por despedimento.
Bruno Le Maire, ministro francês das Finanças, descreveu esta reforma do mercado laboral como "a mãe de todas as reformas".
O Executivo gaulês prepara-se assim para aprovar mudanças nas linhas gerais do código do trabalho e vai negociar, durante o Verão, com os sindicatos e com os grupos patronais estas mudanças.
"A reforma do mercado laboral é a mãe de todas as reformas, tanto do ponto de vista económico como do ponto de vista social", disse Le Maire ao Le Figaro, a 24 de Junho, citado pela Bloomberg. "Enquanto o contexto é favorável, não podemos perder um minuto".
A flexibilização do código do trabalho em França foi uma das bandeiras de Emmanuel Macron durante a campanha eleitoral.