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Governo apresenta dia 23 aos parceiros medidas para limitar contratos a prazo
O ministro do Trabalho anunciou esta sexta-feira que vai apresentar as propostas para limitar a contratação a termo na próxima reunião da Concertação Social, marcada para dia 23, prevendo que o processo fique concluído no primeiro semestre do ano.
O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, que falava à saída de uma reunião da Concertação Social, disse que no próximo encontro com os parceiros, dia 23, "o Governo irá apresentar nessa reunião o texto de orientação das políticas para redução da segmentação do mercado de trabalho e de dinamização da contratação colectiva".
Vieira da Silva disse que neste momento o Governo "está a finalizar" a análise dos contributos enviados ao Governo pelas confederações patronais e centrais sindicais, pelo que apresentará as propostas aos parceiros sociais dentro de duas semanas, embora não tenha revelado medidas em concreto.
Questionado sobre quando é que prevê que o processo legislativo fique concluído sobre essas duas matérias, o ministro referiu que "as medidas são diferentes e terão períodos de aplicação diferenciados, mas todo o processo, o seu lançamento, decorrerá no ano de 2018 e grande parte dele decerto no primeiro semestre".
O ministro do Trabalho tem dito que as medidas para o combate à precariedade e a dinamização da contratação colectiva vão seguir o que está no Programa do Governo, mas já admitiu ajustamentos.
Na última reunião, há cerca de duas semanas, o ministro admitiu um acordo mais alargado com os parceiros sociais, que não inclua apenas as alterações à legislação laboral, tal como defendem as confederações patronais, que reclamam, por exemplo, melhorias fiscais para as empresas.
A discussão sobre o tema arrancou em Novembro na Concertação Social, mas até ao momento não se conhecem medidas e, além das centrais sindicais, também os parceiros da maioria parlamentar (BE e PCP) têm pressionado o Governo para avançar com as alterações à lei laboral.
Já as confederações patronais defendem que a lei não deve ser alterada numa altura em que a economia e o emprego estão a crescer.