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UGT vai propor acordo de concertação que ajude a “pacificar os mercados”

Carlos Silva afirma que um acordo global de concertação social, que inclua o salário mínimo e outras matérias, ajudaria o Governo a defender-se das apreciações do FMI e do BCE e a pacificar os mercados.

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A UGT, que defende que o salário mínimo suba 6,6% no próximo ano, vai desafiar "hoje" os parceiros sociais a avançar um acordo global com o Governo que inclua outras matérias. A duas horas da reunião de concertação social, Carlos Silva defendeu em conferência de imprensa que um acordo de concertação social daria "estabilidade governativa", na medida em que ajudaria o Governo a defender-se das críticas do FMI ou do BCE e a "pacificar os mercados".

 

"Vou propor em nome da UGT que haja abertura para discutir a subida do salário mínimo até ao final da legislatura. Dir-me-ão: sim ou não. Não temos nada em cima da mesa. É uma proposta e as propostas são para ser discutidas. Poderá elencar outras matérias que não apenas o salário mínimo? Para nós é importante que se dinamize a contratação colectiva", disse, referindo como outras medidas que poderão entrar nesse acordo a publicação de portarias de extensão – que os patrões também valorizam – ou a matéria da caducidade dos contratos colectivos.

Ao longo da conferência de imprensa, Carlos Silva defendeu que um acordo ajudaria a dar "estabilidade governativa".

"Um acordo de concertação social pacifica os mercados e diz ao FMI e ao BCE :‘aqui não houve imposições do governo nem é uma decisão político-partidária. Não. É um acordo entre parceiros sociais'", argumentou.

Da ordem de trabalhos da reunião de concertação social marcada para esta quinta-feira consta o "início de discussão da actualização" do salário mínimo para 2017. A UGT, que encara o salário mínimo como uma "questão social", propõe um aumento de 6,6% para 565 euros brutos no próximo ano, e a subida para 600 euros ao longo da legislatura, além de reivindicar aumentos nos salários do sector privado de 3% a 4% em 2017.

A intenção de assinar um acordo global de concertação social foi várias vezes referida pelo governo. Vieira da Silva, ministro do Trabalho, chegou a admitiu um acordo global ou vários acordos pontuais. Mas os parceiros sociais não têm dado sinais de entendimento. Antes do Verão, João Vieira Lopes, da CCP, chegou a dizer que não via forma de alcançar o acordo este ano.

A maioria das medidas laborais que têm sido discutidas como prováveis - porque constam do Programa de Governo ou porque são defendidas pelos partidos que suportam o Executivo no Parlamento - têm a oposição das confederações patronais.

Questionado sobre como convencerá os patrões a assinar esse acordo, Carlos Silva elencou algumas áreas em que considera que é possível trabalhar. Os patrões "
querem previsibilidade fiscal. Querem mais apoios do governo em relação aos seus investimentos. Querem certezas em relação à Justiça. Querem desburocratização da administração pública. Vamo-nos sentar todos à mesa e ver como podemos enriquecer um acordo global que não fique só pelo salário mínimo nacional".

cotacao Um acordo de concertação social pacifica os mercados e diz ao FMI e ao BCE: "aqui não houve imposições do governo nem é uma decisão político-partidária. Não. É um acordo entre parceiros sociais'". Carlos Silva Secretário-geral da UGT

 

 

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