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Taxa de desemprego voltou a recuar em abril, mas emprego também caiu

População desempregada diminuiu em abril, com a taxa de desemprego a recuar para 6,3%. Mas também a população empregada voltou a cair, verificando-se em simultâneo um aumento da população inativa.

João Cortesão
29 de Maio de 2024 às 11:37
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A taxa de desemprego terá voltado a recuar em abril, descendo agora aos 6,3%, o ponto mais baixo desde agosto do ano passado, de acordo com estimativas provisórias divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) nesta quarta-feira.

Este mínimo de sete meses é, porém, acompanhado de uma nova quebra mensal na população empregada, com subida igualmente no número de inativos, segundo detalham também os dados de hoje. 

O início da primavera no mercado de trabalho, nestes dados ajustados de sazonalidade, surge assim com sinais mistos e contrários àquela que tem sido a tendência dos últimos meses, nos quais têm pontuado sobretudo aumentos no emprego e desemprego, em simultâneo, com alargamento da população ativa. 

De acordo com os dados do INE, em abril, a população desempregada terá diminuído, em termos mensais, 2,1%, com menos 7,3 mil pessoas contabilizadas nestes dados provisórios. O número de desempregados é ainda 2,8% inferior a um ano antes, representando menos 9,9 mil desempregados. 

Os 337,4 mil desempregados estimados em abril corresponderão agora a uma taxa de desemprego de 6,3%, numa nova descida face aos 6,4% já confirmados para o mês de março. Representa ainda um recuo dos 6,8% de um ano antes.

Entre a população jovem, dos 16 aos 24 anos, a taxa de desemprego também conhece uma diminuição, de 22,8% para 21,4% (estava em 22,2% em abril de 2023).

a população empregada terá diminuído em 0,4% face ao mês anterior, com menos 17,6 mil pessoas a participar ativamente no mercado de trabalho. O aumento do emprego volta assim a interromper a marcha, tal como tinha sucedido nos dados mensais de fevereiro. Comparando com um ano antes, contudo, a população empregada segue ainda com um ganho de 1,5%, representando mais 73,6 mil indivíduos no emprego. 

A taxa de emprego está agora nos 64,1%, atingindo um mínimo de mais de um ano. Não era tão baixa desde março de 2023, então nos 64%.

A descida no emprego é, em abril, acompanhada de aumento da população inativa, que aumenta 1,2% face a março (mais 28,7 mil pessoas) e se situa agora 2,2% acima de um ano antes (mais 53,5 mil).

Já o universo da subutilização do trabalho ainda diminuiu, em 0,9%, para 610,2 mil indivíduos, com a taxa que pesa desempregados, subemprego a tempo parcial, desencorajados e indisponíveis para a procura de emprego a descer ligeiramente, para 11,1%. A redução é explicada pela diminuição no número de desempregados e trabalhadores a tempo parcial que procuram horários completos, observando-se aumentos nos inativos desencorajados e indisponíveis. 
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