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Taxa de desemprego subiu num terço dos países do euro no final de 2023
Neste grupo está Portugal, cuja taxa de desemprego registou uma subida ligeira – de 6,2% para 6,3% - no quarto trimestre.
A taxa de desemprego subiu num terço dos países do grupo da moeda única no final do ano passado, incluindo em Portugal, num momento em que as principais economias do grupo – França e Alemanha, em particular - atravessavam um período de estagnação ou contração.
De acordo com os dados do inquérito ao emprego do quarto trimestre, publicados nesta sexta-feira pelo Eurostat, sete países do euro assistiram no final de 2023 a alguma degradação no indicador de desemprego.
Lituânia, Letónia, Bélgica, Finlândia, França, Alemanha e Portugal registaram aumentos na respetivas taxas de desemprego, em dados ajustados de sazonalidade.
A Lituânia registou o maior aumento, de 6,7% para 7,4%. Na maior economia do euro, a Alemanha, a subida foi de 3% para 3,1%, enquanto em França a taxa de desemprego aumentou de 7% para 7,2%. Em Portugal, com o menor aumento entre os países do grupo que tiveram degradação nestes dados, a taxa de desemprego subiu de 6,2% para 6,3%.
No conjunto do euro, a taxa de desemprego conheceu, pelo contrário, uma redução pequena, diminuindo de 6,6% para 6,5%. O total da população desempregada no bloco da moeda única recuou 0,3% para 11,1 milhões de pessoas.
O mercado de trabalho europeu tem continuado a resistir, apesar da estagnação prolongada que já se arrasta há cinco trimestres consecutivos.
Esta tendência é ainda é visível nos números totais da população empregada. Na Zona Euro, a população empregada – em dados de inquérito ao emprego – cresceu em perto de meio milhão de pessoas, subindo 0,3% para mais de 155,8 milhões de trabalhadores na população entre os 20 e os 64 anos.
A taxa de emprego aumentou de 74,8% para 75% entre o terceiro e o quarto trimestre.
No caso de Portugal, observou-se uma diminuição de 78,5% para 78,4%. Na Alemanha também se observou uma redução ligeira de 82,2% para 81,1% na taxa de emprego, ao passo que em França esta permaneceu inalterada (74,3%).
Ao mesmo tempo, a subutilização do trabalho no grupo do euro diminuiu de 13,1% para 13%. A percentagem de desempregados, inativos disponíveis mas que não procuram trabalho, inativos impedidos da procura de emprego e part-timers que persistiam à espera de um horário completo tem vindo a cair progressivamente desde o último máximo verificado no inverno de 2021, no auge da pandemia, quando estava em 17,1%.
Em Portugal, a taxa de subutilização do trabalho encontrava- se em 11,6% no quarto trimestre (11,7% no trimestre anterior).