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Salário médio cai 4,6% em termos reais

A subida de 3,1% dos salários médios no segundo trimestre não foi suficiente para compensar a inflação de 8%, revelou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Rafael Marchante/Reuters
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Os salários médios dos trabalhadores dos setores público e privado caíram 4,6% em termos reais no segundo trimestre do ano, revelou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Isto porque os aumentos nominais de 3,1%, para uma média de 1.439 euros brutos, não foram suficientes para compensar a inflação, que o INE estima, para o período analisado, em 8%.

No caso da remuneração base e regular, a quebra real foi ainda mais pronunciada (-5,1%).

Em causa estão estatísticas que o instituto começou a recolher há relativamente pouco tempo, a partir das extensas bases administrativas da Segurança Social e da CGA.

"Estes resultados abrangem 4,4 milhões de postos de trabalho, correspondentes a beneficiários da Segurança Social e a subscritores da Caixa Geral de Aposentações", explica o INE.

Assim, no trimestre terminado em junho, Assim, no a remuneração bruta total mensal por trabalhador subiu 3,1% em termos homólogos, uma variação que até acelerou (meio ponto) face ao trimestre anterior.

Já a remuneração regular (que exclui subsídios de férias, por exemplo) e a remuneração base subiram 2,5%, passando para 1.139 euros e 1.069 euros, respetivamente.

"Ajustando para a inflação, medida pela variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC), que foi 8,0% no trimestre terminado em junho de 2022, as remunerações analisadas (total, regular e base) registaram as seguintes variações homólogas reais: -4,6%, -5,1% e -5,1%", conclui o INE.




Função Pública fica para trás

No caso da Função Pública, a quebra na remuneração real terá sido ainda maior, uma vez que os aumentos nominais foram de apenas 1,4%.

"No setor institucional das administrações públicas observou-se um acréscimo homólogo de 1,4% na remuneração total, que atingiu 2.180 euros em junho", enquanto as componentes regulares e base cresceram mais (1,5% e 1,7%, respetivamente).

"No setor privado, as remunerações aumentaram de forma mais expressiva: a remuneração total registou uma variação homóloga de 4,4%", passando para 1.289 euros, o que foi ainda assim insuficiente para compensar a inflação.

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