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Quem trabalha no Norte ganha menos 64 euros

O salário médio mensal líquido dos trabalhadores por conta de outrem na região do Norte atingiu os 827 euros no terceiro trimestre deste ano, enquanto a média, a nível nacional, fixou-se em 891 euros, informa o “Norte Conjuntura”, da CCDRN.

Guimarães é considerada a cidade-berço de Portugal porque aqui nasceu Afonso Henriques, que viria a ser o primeiro rei de Portugal. Paulo Duarte
21 de Dezembro de 2018 às 12:00
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No terceiro trimestre deste ano, o salário médio mensal líquido dos trabalhadores por conta de outrem da região do Norte atingiu o valor de 827 euros, o que representa um crescimento real de 2,5% face ao mesmo período do ano passado, mas bastante abaixo do aumento homólogo de 4,5% registado no trimestre anterior.

 

Uma performance que "traduz o efeito combinado de uma variação homóloga de 3,5% em termos nominais, combinada com uma inflação homóloga de 1%", explica o relatório trimestral "Norte Conjuntura", elaborado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN).

 

Já a nível nacional, o salário médio mensal líquido fixou-se em 891 euros no terceiro trimestre, o que significa um ganho real de 2,1%, também em desaceleração face ao resultado do trimestre anterior.

 

Contas feitas, o salário líquido mensal na região do Norte é inferior em 64 euros à média nacional.

 

O "Norte Conjuntura" dá também conta que o emprego nesta região continua a crescer acima da média nacional - aumentou 2,6% em termos homólogos, impulsionado sobretudo pela construção, pelas indústrias transformadoras e pelo emprego na administração pública. A taxa de desemprego mantém-se nos 7,2%

 

No domínio do investimento, o valor das importações de máquinas e outros bens cresceu 1,3% neste período. Este resultado, ainda que modesto, marca uma inversão de tendência face às variações negativas registadas durante a primeira metade do ano (menos 5,2% no segundo trimestre).

 

Numa nota menos favorável, o "Norte Conjuntura" refere o comportamento das exportações de mercadorias por parte de empresas da região do Norte, com uma variação homóloga nominal praticamente nula (mais 0,7%) - resultado que compara com 5,8% no trimestre anterior e que "é o crescimento mais fraco desde há mais de cinco anos", sublinha o documento da CCDRN.

 

O abrandamento foi motivado sobretudo pela evolução das exportações de produtos tradicionais, como o vestuário de malha, o mobiliário e o calçado, bem como de máquinas, aparelhos e materiais eléctricos.

 

A nível nacional, ainda que também tenha sofrido uma desaceleração, mas menos acentuada, as exportações aumentaram 6% no terceiro trimestre.

 

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