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Programas de lay-off protegem 40 milhões de empregos na Europa

Sem lay-off, a taxa de desemprego na Alemanha, França, Itália e Espanha - as quatro maiores economias da zona do euro - poderia ter subido para até 42%.

09 de Maio de 2020 às 13:00
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Os governos europeus tiveram que gastar muito para proteger trabalhadores durante as medidas de confinamento para combater o coronavírus, mas o enorme peso nas contas públicas parece valer a pena.

Mais de 40 milhões de trabalhadores foram dispensados temporariamente durante as paralisações, com base em dados das maiores economias da região. Parte dos salários é coberto pelo estado. Sem o apoio dos governos, muitos poderiam ter ficado sem trabalho, o que elevaria a taxa de desemprego para níveis inéditos.

 

A Bloomberg Economics estima que, se todos os trabalhadores em risco tivessem perdido o emprego, a taxa de desemprego na Alemanha, França, Itália e Espanha - as quatro maiores economias da zona do euro - poderia ter subido  para até 42% no pico do confinamento.

 

Seria um grande golpe para a economia da zona do euro, onde o mercado de trabalho melhorou lentamente após a dupla devastação da crise financeira global seguida pela crise da dívida soberana da região.

Para evitar uma repetição disto mesmo, os governos assumiram a liderança. Os gastos estimados em programas de demissão temporária devem somar cerca de 100 mil milhões de euros, de março a maio, nas maiores economias.

O quadro parece muito mais drástico nos Estados Unidos, onde o relatório mensal do mercado de trabalho será divulgado na sexta-feira. Os dados podem mostrar que 21 milhões pessoas foram demitidas em abril. O número é 26 vezes maior do que o pior resultado mensal durante a crise financeira.

Mas o mercado de trabalho europeu não está imune ao impacto. Na Alemanha, os pedidos de subsídio de desemprego tiveram um aumento recorde de 373 mil em abril. Em Espanha, o número de pedidos saltou quase 600 mil nos últimos dois meses.

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