Notícia
Pandemia fez perder 112 milhões de postos de trabalho a tempo inteiro, diz OIT
No primeiro trimestre de 2022, o número de horas trabalhadas a nível global ficou quase 4% abaixo dos níveis pré-pandémicos, calcula a Organização Internacional do Trabalho.
21 de Junho de 2022 às 10:52
Na opinião do director-geral da Organização Internacional do Trabalho, o britânico Guy Ryder, "nas últimas décadas, a nível global, as disparidades entre trabalhadores acentuaram-se consideravelmente", disse em entrevista ao DN.
Recentemente participou na Conferência Internacional do Trabalho, que terminou a 11 de junho, e na sua intervenção frisou que a pandemia de covid-19 teve impactos profundos nos trabalhadores e nas empresas: desde logo a começar pelo número de horas trabalhadas globalmente no primeiro trimestre de 2022, que ficou quase 4% abaixo dos níveis pré-pandémicos.
De acordo com o diretor-geral da OIT, isto equivale a 112 milhões de postos de trabalho a tempo inteiro perdidos.
"Por detrás destas estatísticas estão pessoas, famílias e as suas comunidades [...] A inflação mais acentuada dos preços dos alimentos e da energia - juntamente com o aumento das taxas de juro - tornam ainda mais complicada a vida quotidiana dos trabalhadores e das empresas. Tudo isto está a exercer uma enorme pressão sobre os mercados de trabalho em todo o mundo", disse Guy Ryder.
Recentemente participou na Conferência Internacional do Trabalho, que terminou a 11 de junho, e na sua intervenção frisou que a pandemia de covid-19 teve impactos profundos nos trabalhadores e nas empresas: desde logo a começar pelo número de horas trabalhadas globalmente no primeiro trimestre de 2022, que ficou quase 4% abaixo dos níveis pré-pandémicos.
De acordo com o diretor-geral da OIT, isto equivale a 112 milhões de postos de trabalho a tempo inteiro perdidos.
O responsável garante que mesmo nos países mais desenvolvidos, as desigualdades entre os trabalhadores permanecem muito elevadas.
"As desigualdades de rendimento estão a aumentar na maioria dos países europeus, e, apesar de nos últimos anos os trabalhadores com baixos salários em alguns países, tais como Portugal, terem visto o seu salário crescer um pouco, a atual crise de covid-19 inverteu em grande medida essas tendências", explicou.
E rematou ainda: "Embora muitos países, incluindo Portugal, tenham reagido rapidamente com pacotes de estímulo direcionados, que amorteceram o pior do impacto económico, a falta de espaço orçamental em muitos deles tornou flagrantemente óbvio que ainda nos falta a capacidade de resistência das nossas economias e das nossas sociedades para reagir adequadamente a tais choques".
"As desigualdades de rendimento estão a aumentar na maioria dos países europeus, e, apesar de nos últimos anos os trabalhadores com baixos salários em alguns países, tais como Portugal, terem visto o seu salário crescer um pouco, a atual crise de covid-19 inverteu em grande medida essas tendências", explicou.
E rematou ainda: "Embora muitos países, incluindo Portugal, tenham reagido rapidamente com pacotes de estímulo direcionados, que amorteceram o pior do impacto económico, a falta de espaço orçamental em muitos deles tornou flagrantemente óbvio que ainda nos falta a capacidade de resistência das nossas economias e das nossas sociedades para reagir adequadamente a tais choques".