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Importações continuam a crescer mais do que as exportações
Em novembro, as importações cresceram a um ritmo superior (+32%) do que as importações (15,7%). Face ao período anterior à pandemia, o INE destaca os aumentos nas compras ao exterior de fornecimentos industriais e de combustíveis.
As importações cresceram em novembro a um ritmo superior (+32%) do que as exportações (15,7%), em termos homólogos, de acordo com as estatísticas divulgadas esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
"Em novembro de 2021, as exportações e as importações de bens registaram variações homólogas nominais de +15,7% e +32,3%, respetivamente (+2,8% e +17,6%, pela mesma ordem, em outubro de 2021).", lê-se no destaque.
O INE informa que o défice da balança comercial atingiu 2.097 milhões de euros em novembro, num aumento de 1.162 milhões face a período homólogo.
Vendas ao exterior crescem 5% face ao pré-pandemia
Face a novembro de 2019, período anterior à pandemia, verificaram-se variações de +15,1% nas exporações e, mais acentuadas, de +17%, nas importações. O INE destaca os acréscimos nas importações de fornecimentos industriais (+47,3%) e de combustíveis e lubrificantes (+44,9%).
No entanto, se olharmos para o comércio internacional em termos acumulados, considerando os primeiros onze meses do ano, em comparação com o período pré-pandemia, verificamos que as vendas de mercadorias ao exterior cresceram mais do que as compras.
Isto porque no período acumulado de janeiro a novembro, comparado com o mesmo período de 2019, "as exportações aumentaram 5,2%" e as importações "cresceram 0,9%".
Governo destaca resultados "impressionantes"
Numa mensagem divulgada por vídeo, o ministro de Estado e da Economia, Siza Vieira, mostra-se impressionado: "Os resultados são impressionantes", diz, citando por exemplo o crescimento acumulado das exportações de 5,2% face ao período pré-pandemia.
"O défice da nossa balança comercial em matéria de bens também diminuiu", acrescentou, o que pode ser lido na leitura acumulada dos primeiros onze meses, em comparação com 2019.
"Isto demonstra que as empresas portuguesas têm sido capazes de aproveitar da melhor maneira a conjuntura internacional" e que apesar das dificuldades a nível das matérias-primas ou dos transportes "têm conseguido conquistar quota de mercado", concluiu.
Notícia atualizada às 13:07 com as declarações do ministro da Economia.