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Fundação Ricardo Espírito Santo com salários em atraso

A fundação que gere a escola de artes e ofícios acumula pelo menos dois meses de salários em atraso, escreve o Diário de Notícias. É uma das consequências da derrocada do império Espírito Santo.

Bruno Simão/Negócios
Negócios 05 de Maio de 2017 às 09:15
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A Fundação Ricardo Espírito Santo voltou a acumular salários em atraso, havendo trabalhadores que esperam há dois ou até três meses para receber o seu vencimento no final do mês. A notícia é avançada esta sexta-feira, 5 de Maio, pelo Diário de Notícias, que recebeu a garantia da administração de que a situação será regularizada nos próximos dias.

 

Segundo descrições que um trabalhador fez chegar ao jornal, "nas escolas os professores já não recebem há três meses e nas oficinas há dois", uma situação que está a complicar a gestão dos orçamentos familiar a quem lá trabalha. Edmundo Martinho, presidente do conselho de administração da instituição e também vice-provedor da Santa Casa da Misericórdia, reconheceu ao Diário de Noticias que há salários do mês de Abril e parte do mês de Março que estão por pagar, tendo deixado a garantia de que "a situação deverá ficar regularizada nos próximos dias".

 

Criada em 1953, a Fundação Ricardo Espírito Santo tem passado por vários apertos  financeiros desde a derrocada do império Espírito Santo, o seu principal mecenas. A instituição é tutelada pelo Ministério da Cultura e, com a falência do grupo português, passou a depender apenas dos apoios financeiros da câmara de Lisboa e da Santa Casa da Misericórdia.

 

Com uma reestruturação interna no horizonte, a escola de artes e ofícios fechou o ano de 2015 com um prejuízo de um milhão de euros, segundo o ultimo relatório e contas consultado pelo Diário de Notícias. 

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