Notícia
Europa pode vir a enfrentar escassez de mão de obra pior do que a dos EUA
A escassez de mão de obra que afeta os Estados Unidos enquanto o país recupera da pandemia chega agora à Europa, onde o problema pode ser ainda mais difícil de resolver.
22 de Maio de 2021 às 15:00
Como nos EUA, onde a criação de emprego em abril ficou muito abaixo das expectativas, a Europa terá dificuldade em preencher vagas. Isto apesar de a taxa de desemprego estar acima de 7% na União Europeia - e mais do que o dobro na Grécia e em Espanha - e que, segundo as previsões, não deve regressar aos níveis pré-crise antes de 2023.
A curto prazo, com as restrições de viagens ligadas ao coronavírus, os trabalhadores não poderão cruzar as fronteiras com a facilidade do costume pelo bloco de 27 países. Isso é um problema, porque a UE está prestes a começar a distribuir o fundo de recuperação de 800 mil milhões de euros, que se concentra em setores do meio ambiente e digital, que exigirão profissionais especializados.
Mas as redes e oleodutos que fornecem novos trabalhadores também foram afetados, algo que terá um impacto duradouro. As feiras de empregos foram canceladas e os programas de formação vocacional suspensos. As universidades registam uma queda do número de estudantes estrangeiros. Tudo isto deverá agravar o desafio existente de dados demográficos desfavoráveis na região.
O Brexit impôs uma barreira extra à mobilidade de mão de obra, porque o acordo comercial entre Reino Unido e UE iniciado este ano inclui restrições aos movimentos, com reconhecimento mútuo limitado de algumas qualificações.
"Na Europa, os problemas são mais estruturais", afirmou Axel Pluennecke, economista do Instituto Econômico Alemão, em Colónia. "Principalmente em profissões técnicas, áreas como a digitalização, descarbonização, haverá uma grande procura por mão de obra qualificada. A pergunta realmente é se essa procura vai ter resposta."
A região já sente parte do impacto do encerramento das fronteiras imposto durante a pandemia. A migração líquida para a Alemanha, a maior economia da Europa, caiu cerca de 30% em 2020. A Noruega enfrenta falta de profissionais especializados em hotelaria, como guias de rafting estrangeiros, e flexibilizou as restrições de entrada no mês passado para incluir trabalhadores "estritamente necessários para evitar tempo de inatividade em projetos ou negócios nos próximos quatro meses."
A curto prazo, com as restrições de viagens ligadas ao coronavírus, os trabalhadores não poderão cruzar as fronteiras com a facilidade do costume pelo bloco de 27 países. Isso é um problema, porque a UE está prestes a começar a distribuir o fundo de recuperação de 800 mil milhões de euros, que se concentra em setores do meio ambiente e digital, que exigirão profissionais especializados.
O Brexit impôs uma barreira extra à mobilidade de mão de obra, porque o acordo comercial entre Reino Unido e UE iniciado este ano inclui restrições aos movimentos, com reconhecimento mútuo limitado de algumas qualificações.
"Na Europa, os problemas são mais estruturais", afirmou Axel Pluennecke, economista do Instituto Econômico Alemão, em Colónia. "Principalmente em profissões técnicas, áreas como a digitalização, descarbonização, haverá uma grande procura por mão de obra qualificada. A pergunta realmente é se essa procura vai ter resposta."
A região já sente parte do impacto do encerramento das fronteiras imposto durante a pandemia. A migração líquida para a Alemanha, a maior economia da Europa, caiu cerca de 30% em 2020. A Noruega enfrenta falta de profissionais especializados em hotelaria, como guias de rafting estrangeiros, e flexibilizou as restrições de entrada no mês passado para incluir trabalhadores "estritamente necessários para evitar tempo de inatividade em projetos ou negócios nos próximos quatro meses."