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Emprego tocou novo máximo até setembro, com subida de 0,8%

Taxa de desemprego manteve-se inalterada, nos 6,1%.

Pedro Catarino
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Apesar da manutenção do abrandamento da economia, o mercado de trabalho continuou no terceiro trimestre a mostrar força. Nos meses de verão, e em dados não ajustados de sazonalidade atualizados nesta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o nível de emprego bateu um novo recorde, superando os 5,1 milhões de indivíduos até setembro, num crescimento de 0,8% face ao trimestre anterior.

Os dados indicam também que, apesar de se ter verificado uma ligeira subida no número de desempregados neste período, a taxa de desemprego se manteve inalterada nos 6,1%.

De acordo com o INE, a população empregada foi estimada em 5.140,9 mil pessoas no terceiro trimestre, "o valor mais elevado da série iniciada em 2011"

A variação de 0,8% face ao trimestre precedente corresponde a mais 41 mil indivíduos no emprego. Face aos mesmos meses de um ano antes, o ganho é de 59,1 mil empregos, num crescimento de 1,2% desde então, continuando a verificar-se um abrandamento na criação de emprego face ao valor de crescimento de 2% verificado no ano passado

A taxa de emprego, entretanto, passou aos 56,6%, igual ao valor de um ano antes, recuperando depois de ter quebrado no período final de 2023.

Para a melhoria homóloga no emprego de que dá conta o INE neste terceiro trimestre terá sido determinante a função pública e a colocação nas escolas, com a nota desta quarta-feira a destacar o forte contributo das secções de atividade da administração pública e educação, "cujo aumento (42,3 mil; 5,9%) representou 74,7% da variação do sector" dos serviços. O emprego dos serviços, a crescer 1,5%, deu o maior contributo para a evolução do último ano.

De resto, o INE indica que o aumento de emprego do último ano beneficiou sobretudo mulheres (30,5 mil; 1,2%); pessoas dos 55 aos 64 anos (27,9 mil; 2,8%); e com ensino superior (114,7 mil; 7,0%).

Já no que diz respeito à evolução do desemprego, verificam-se aumentos ligeiros, ainda que a taxa de desemprego se mantenha estabilizada quer face ao segundo trimestre quer face a um ano antes, persistindo nos 6,1%.

Segundo o INE, no terceiro trimestre a população desempregada abrangeu 334,7 mil pessoas, subindo em 2,7 mil, ou 0,8%, face ao trimestre anterior. Comparando com um ano antes, há mais 4,2 mil desempregados, ou mais 1,3%.

Neste universo, o peso do desemprego de longa duração - há 12 ou mais meses - era de 38%.

Os dados do INE apontam entretanto para uma redução na taxa de desemprego jovem para um valor ligeiramente abaixo dos 20%. No terceiro trimestre, estima-se que a taxa de desemprego dos 16 aos 24 anos de idade estivesse nos 19,7% (comparando com 22% no segundo trimestre, e 20,8% no terceiro trimestre de 2023).

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