Notícia
Custo do trabalho em Portugal subiu 3,8% por causa da redução do lay-off
Depois de ter registado uma descida de 2,7% no segundo trimestre do ano, este indicador volta a subir no terceiro trimestre do ano, à boleia do fim do lay-off para muitos trabalhadores e da diminuição de horas trabalhadas na Administração Pública.
O índice de custo do trabalho, que mede os custos do trabalho por hora efetivamente trabalhada, ajustado de dias úteis aumentou 3,8% no 3.º trimestre de 2021, revelou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatísticas (INE). A justificar a subida está, essencialmente, o acréscimo nas contribuições patronais decorrente da diminuição progressiva de empresas abrangidas pelo regime de layoff simplificado no setor privado da economia e, também, a diminuição das horas trabalhadas por trabalhador na Administração Pública, justifica o INE. Este indicador tinha registado, no trimestre anterior, uma descida de 2,7%.
Entre julho e setembro, os custos salariais (por hora efetivamente trabalhada) aumentaram 3,4% (tinham diminuído 5,1% no trimestre anterior) e os outros custos do trabalho (também por hora efetivamente trabalhada) aumentaram 5,3% (tinham aumentado 7,0% no trimestre anterior).
Segundo o INE, os custos salariais aumentaram essencialmente devido a acréscimos no salário base, subsídio de férias e prémios e subsídios regulares atribuídos aos trabalhadores. Esse acréscimo verificou-se em todas as atividades, sendo que no trimestre anterior só na construção é que os custos salariais tinham aumentado.
Por outro lado, os custos não salariais registaram subidas inferiores aos do segundo trimestre precedente, em que a maioria das atividades tinham registado aumentos acentuados, com exceção do setor público, onde decresceram.