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Corretora do BNP Paribas ganha processo sobre desigualdade salarial
Um juiz em Londres decidiu a favor de uma responsável de corretagem do banco, a qual se queixou de discriminação salarial face aos colegas do sexo masculino.
A justiça londrina decidiu a favor de uma corretora do BNP Paribas que se queixava de ser mais mal paga do que os colegas do sexo masculino.
O tribunal em Londres considerou que a trabalhadora do BNP Paribas, Stacey Macken, foi vítima de discriminação sexual. Macken acredita que o resultado do julgamento "prova que a discriminação na remuneração é uma realidade no setor da banca". Esta funcionária alegou que auferia de um salário abaixo daquele entregue aos colegas do sexo masculino que desempenhavam funções semelhantes às suas e que lhe foram atribuídos sistematicamente prémios inferiores.
Esta funcionária criticou ainda um episódio que ocorreu em sede de trabalho e o qual a fez sentir-se descriminada: foi-lhe deixado um chapéu de bruxa na secretária. O juiz concordou: "deixar um chapéu de bruxa na secretária de uma funcionária do sexo feminino, num ambiente de trabalho predominantemente masculino, é inerentemente sexista", escreve o juiz James Tayler, na sentença publicada na terça-feira.
O mesmo juiz considera ainda que o episódio já referido "potencialmente reflete a natureza do ambiente de trabalho" no BNP Paribas e "a abordagem às mulheres". Fonte oficial do banco recusou comentar quando consultada pela Bloomberg.
Stacey Macken continua a desempenhar as funções de gestora de produtos de corretagem. "Quero ver o BNP Paribas mudar e melhorar como consequência (do processo)", afirmou.