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CGTP reivindica 25 dias de férias

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, mostrou-se confiante na promulgação do Orçamento do Estado para 2016, com "sinais positivos", defendendo ainda a reposição dos 25 dias de férias entre outras reversões.

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28 de Março de 2016 às 14:53
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"Parece-nos que corresponde àquilo que é o sentimento generalizado. Pelos vistos, vamos ter um OE que não só foi aprovado pela maioria na Assembleia da República como também não contém em si mesmo nenhuma violação da Constituição, ao contrário do que estávamos habituados com o Governo PSD/CDS", disse, após uma reunião com o PCP, na sede dos comunistas, em Lisboa, Arménio Carlos.

O dirigente da intersindical, também membro do Comité Central do PCP, recordou que os executivos dirigidos por Passos Coelho e Paulo Portas foram conhecidos, "a nível europeu", como "recordistas de violações da Constituição da República Portuguesa".

O OE2016 foi aprovado no parlamento em votação final global a 16 de Março, com PS, BE, PCP e PEV a favor, a abstenção do PAN e votos contra de PSD e CDS-PP, e chegou a Belém para promulgação na quinta-feira, dia 24. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, agendou para hoje uma comunicação ao país sobre o assunto.

"Muitas vezes, resistir é já vencer. A nova solução política encontrada e os conteúdos deste OE constituem um sinal de esperança para milhões de portugueses que lutaram muito contra uma ofensiva tremenda", afirmou, por seu turno, o secretário-geral do PCP.

Jerónimo de Sousa destacou a existência de um "sentimento de esperança" entre os "trabalhadores portugueses, profundamente flagelados com a política injusta de empobrecimento e exploração" praticada pelos anteriores governos, depois da reunião com a CGTP, centrada no recente 13.º Congresso da intersindical.

Outros "sinais positivos" são os quatro feriados - dois civis e dois religiosos - cuja reposição se assinalou hoje numa cerimónia específica para o efeito e protagonizada pelo primeiro-ministro socialista, António Costa.

"É um sinal positivo, que valorizamos muito. Tal como os sindicatos da CGTP sempre reclamaram, demonstrou-se que não foi por causa da retirada de quatro feriados e três dias de férias que o país melhorou a sua competitividade ou que a economia cresceu a nível sustentável", congratulou-se Arménio Carlos.

Para o dirigente sindical, "sete dias de trabalho gratuito foi aquilo" que "impuseram e levaram a uma acentuação da exploração e das desigualdades e do empobrecimento dos trabalhadores e suas famílias".

"Está provado que não há inevitabilidades. Aquilo que parecia impossível de repor acaba de ser reposto e é resultado da luta dos trabalhadores", continuou, acrescentando ainda a necessidade de defender a contratação colectiva, de combater a precariedade laboral, assim como a "Lei dos despedimentos" e a consequente redução das indemnizações.

Arménio Carlos frisou que, "independentemente da reposição dos feriados, há outras matérias na legislação laboral que precisam de ser revogadas - as normas gravosas" e "uma das medidas que deve ser ponderada para se implementar tão depressa quanto possível é a reposição dos 25 dias de férias".

"Também já se percebeu que não é por mais três dias de férias que o país vai ao fundo. Pelo contrário, se os trabalhadores se sentirem motivados, respeitados e valorizados estarão em melhores condições de responder aos desafios com que forem confrontados", atestou.
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