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Apoios do Estado explicam mais de metade das colocações de desempregados

O número de desempregados que conseguiu arranjar trabalho em 2014 não tem paralelo desde o início do século, mas mais de metade dessas colocações foram financiada com dinheiros públicos, escreve o Público.

17 de Março de 2015 às 11:36
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A colocação de desempregados atingiu números inéditos no ano passado. De acordo com dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) divulgados pelo Público, foram 102.977 os desempregados que conseguiram arranjar trabalho no ano passado com a ajuda do centro de emprego. Porém, de acordo com o jornal, em 54% dessas colocações, as empresas beneficiaram de subsídios aos salários ou de isenções e reduções nas contribuições sociais.

 

A colocação de desempregados em 2010 cifrou-se em 62.430 pessoas no Continente, um número que caiu, em 2011 e 2012, para números abaixo das 60 mil colocações em cada ano. Em 2013 as colocações rondaram as 80 mil pessoas, um número que subiu 22% no ano passado, com 102.977 desempregados a encontrar trabalho. O jornal diz que o valor de 2014 é o mais alto desde, pelo menos, o início do século XXI.

 

A medida mais utilizada foi o Estímulo 2013, em vigor até final do ano passado, que consistia na comparticipação de 50% do salário do trabalhador, durante meio ano, até um máximo de 419,22 euros por mês – sendo que o apoio podia ser estendido para os 18 meses caso se tratasse de desempregados de longa duração, ou com a celebração de um contrato sem termo.

 

Do total de 372 mil pessoas que deixaram de estar inscritas nos centros de emprego no ano passado porque voltaram a trabalhar, a grande maioria conseguiu encontrar trabalho pelos seus próprios meios – 72,2%. Os restantes são os já referidos 102.977 desempregados, que encontraram trabalho com a ajuda do IEFP.

 

Desde 2011 também se regista uma tendência de subida no salário médio oferecido aos desempregados. Os trabalhadores contratados através do IEFP recebiam, em média, 580,39 euros no ano passado, valor que compara com os 530,73 euros de 2011. Porém, o salário médio ainda não atingiu os valores de 2010: 585 euros.

 

A maioria das colocações foi feita através de contratos a termo certo – 71%. Só 29% dos desempregados conseguiram trabalho com contrato sem termo.

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