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Universidade de Lisboa investe 30 milhões em alojamento para estudantes

"A estimativa é que no final de 2021 possamos ter as primeiras 300 camas na Cidade Universitária", afirmou António Cruz Serra.

24 de Abril de 2019 às 19:17
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A Universidade de Lisboa está a investir 30 milhões de euros em alojamento para estudantes e terá quase 200 novas camas dentro de um mês, disse hoje o reitor, António Cruz Serra.

António Cruz Serra falava na cerimónia de apresentação do anteprojeto para a Cantina II da Universidade de Lisboa, ao lado da Cidade Universitária, que será também ela convertida em residência estudantil.

 

Dentro de dois anos, quando as obras estiverem prontas, as instalações vão comportar 197 camas, num investimento de 5,6 milhões de euros.

 

Na apresentação do anteprojeto, com a presença do primeiro-ministro, António Costa, e do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, o reitor da Universidade de Lisboa fez um balanço da situação em termos de alojamento universitário.

 

Além da cantina que será transformada, com as obras a começarem em breve, já no próximo mês (ou o mais tardar em junho) será inaugurada a primeira fase de uma residência no bairro da Ajuda, com 196 camas, que custou cerca de quatro milhões de euros.

 

Na próxima semana, adiantou, será lançada a segunda fase da construção da residência da Ajuda, que contempla mais 120 camas e que deve estar terminada no final do próximo ano.

 

Para a Cidade Universitária já foi entregue o projeto de arquitetura para o primeiro edifício da "nova praça", com 300 camas, devendo o projeto de execução ser entregue, no limite, até 15 de junho, disse também António Cruz Serra.

 

"A estimativa é que no final de 2021 possamos ter as primeiras 300 camas na Cidade Universitária", afirmou.

 

"Necessidade inquestionável"

 

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu hoje que assegurar alojamento aos estudantes do ensino superior é uma "necessidade inquestionável" e que esta questão não pode impedir "quem tem potencial e capacidade" de aceder a uma universidade ou politécnico.

 

O primeiro-ministro salientou que "há algo que é uma necessidade inquestionável", que "é a necessidade de assegurar alojamento que promova a mobilidade regional, e que não impeça quem tem potencial, quem tem capacidade de poder aceder ao ensino superior".

 

"É uma condição essencial à democratização do ensino superior, mas é sobretudo uma condição essencial para as condições de desenvolvimento do país, e para podermos ter os recursos humanos que o país necessita de ter para construir o seu futuro", considerou.

 

Lembrando que "há 45 anos, 10% dos jovens tinham acesso ao ensino superior", António Costa referiu que atualmente o país já tem "40% dos jovens com acesso a ensino superior" e aproxima-se "da média da Europa, que são 42%".

 

"Mas aquilo que nos é exigido para o futuro é que não nos satisfaçamos em termos atingido a média, sobretudo porque a média é móvel, e felizmente é uma média ascendente", notou.

 

Por isso, o Governo propôs "uma meta muito clara", o aumento da "taxa de participação de jovens com 20 anos no ensino superior, dos atuais 40% para 60% em 2030".

 

Na ótica de Costa, este é um "esforço que exige eliminar todas a barreiras do acesso ao ensino superior", desde a "melhoria da qualidade do ensino desde o pré-escolar", passando por "prosseguir o combate contra o abandono escolar precoce", até "criar condições para que haja mais jovens a terem acesso ao ensino superior".

 

Apontando que "ninguém possa ser impedido de aceder ao ensino superior por razões económicas", o governante considerou que "hoje uma das grandes barreiras" entre os jovens e as universidades ou politécnicos "é o custo do alojamento".

 

Por isso, o Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior "tem uma importância estratégica, que envolve uma totalidade de 42 concelhos em todo o país", e "dirige-se a todas as universidades e a todos os politécnicos", apontou o primeiro-ministro.

 

Também nesta matéria o executivo tem "uma meta bem precisa", de até 2030 "conseguir duplicar o número de camas nas residências universitárias, ou seja, fazer mais 15 mil camas de residências universitárias".

 

Como a adaptação da cantina vai permitir a construção de uma residência com cerca de 200 camas, o chefe do Governo afirmou que "este arranque é bem a demonstração" de como estão "todos comprometidos efetivamente em alcançar este objetivo".

 

"Desde o Estado às universidades e às autarquias, todos estamos a fazer o que nos compete fazer para cumprir esta meta, e isto é uma condição essencial para que as famílias tenham melhores condições para poderem fazer o investimento mais importante que podem fazer no futuro dos seus filhos, que é investir na educação", salientou.

 

Costa assinalou ainda que "nestes últimos três anos", Portugal já recuperou "mais 15 mil alunos para o ensino superior" e vincou que tem de "continuar a fazer este esforço, a criar cada vez melhores condições, e este programa de alojamento é seguramente uma peça chave para o sucesso desta estratégia".

 

Numa nota pessoal, o primeiro-ministro disse que é "com grande gosto" que vê a transformação da cantina onde teve "o prazer de saborear algumas refeições" no seu tempo de estudante "numa residência universitária para os estudantes do futuro".

 

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