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Um em cada três professores chumbou na prova de avaliação
Duplicou a percentagem de reprovações na prova de Dezembro, em que a média global foi de 56,2 pontos em 100 possíveis. O Ministério da Educação reclama razão, enquanto os sindicatos continuam a falar de "prova estúpida".
Mais de um terço dos professores que realizaram em Dezembro a polémica Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades (PACC) obtiveram classificação negativa, ficando assim impedidos de participar nos concursos de contratação do próximo ano. Os resultados, citados esta terça-feira, 27 de Janeiro, pelo Diário de Notícias e pelo Correio da Manhã, foram divulgados pelo Instituto de Avaliação Educacional e levaram já o Ministério da Educação a reclamar razão.
Das 2.490 provas válidas realizadas no final do ano passado, 854 tiveram classificação negativa – e 36% dos candidatos deram mais de três erros ortográficos. A percentagem de professores chumbados (34%) foi assim o dobro da que tinha resultado da prova realizada em 2013, que tinha tido maior participação (10.220) e em que reprovaram "apenas" 1.473 professores. O facto de nesta segunda prova terem participado os repetentes (290 chumbaram pela segunda vez) e haver também uma maior proporção de candidatos recém-licenciados são duas das explicações adiantadas.
O Ministério liderado por Nuno Crato assinalou que estes resultados "mostram, mais uma vez, a necessidade desta prova na selecção dos candidatos à profissão". Por outro lado, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, referiu ao DN que "esta é a prova mais estúpida que poderia ter sido inventada" e que "se há alguém que sai humilhado da prova não são os professores, mas sim o ministro". A média global das classificações nesta prova foi de 56,2 pontos numa escala de zero a 100.