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UACS critica tutela conjunta do comércio e defesa dos consumidores

"O comércio não tem uma Secretaria de Estado", acusou hoje Vasco Mello. Para o presidente da União de Associações do Comércio e Serviços (UACS) a junção do sector com a defesa do consumidor não é justificável porque são matérias com "interesses opostos".

26 de Janeiro de 2010 às 17:44
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“O comércio não tem uma Secretaria de Estado”, acusou hoje Vasco Mello. Para o presidente da União de Associações do Comércio e Serviços (UACS) a junção do sector com a defesa do consumidor não é justificável porque são matérias com “interesses opostos”.

Em conferência de imprensa hoje realizada para a apresentação do inquérito de conjuntura da UACS, Vasco de Mello defendeu que, pelo peso que o sector tem na economia e na criação e manutenção de postos de trabalho, deveria haver um ministério do Comércio.

Hoje, considerou Vasco Mello, “o comércio não tem uma Secretaria de Estado”, já que, advogou “a única coisa que se vê é a questão do consumidor”. Para o presidente da UACS, comércio e defesa dos consumidores “têm interesses opostos e provavelmente inconciliáveis”.

Crítico sobre a actuação da secretaria de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, cujo titular, Fernando Serrasqueiro foi reconduzido no actual Executivo liderado por José Sócrates, o presidente da UACS propôs ainda que a “lei dos saldos”, concebida pela actual equipa governamental, fosse revista.

A “lei dos saldos não está bem desejada, os conceitos de saldos e promoção não estão bem definidos” e “os períodos [Dezembro e Julho] deveriam ser adiados”, concluiu. Manutenção de vendas em 2010 No terceiro inquérito de conjuntura da UACS, feito a mais de 3.000 empresas (69% retalhistas) cujo nível de resposta equivale a 14%, mais de um terço dos inquiridos (39%), afirmou que deverá manter o volume de vendas em 2010.

As respostas, dadas em Novembro do ano passado, denotam que os empresários “estão menos pessimistas do que em Abril”, aquando da realização do último inquérito, explicou Vasco Mello. Quanto à empregabilidade do sector, 81% dos inquiridos previa manter, no final de 2009, os postos de trabalho este ano.

No total, 31% dos inquiridos disse que realizou ou iria realizar investimentos ainda no decurso do ano transacto, que na sua maioria (45%) são para equipamento informático, a que se segue obras de manutenção e conservação. Vasco de Mello denotou ainda que contra 72% de inquiridos que afirmaram em Abril recorrer exclusivamente a capitais próprios para realizar esses investimentos, em Novembro de 2009 o indicador baixou para 48%.

“O que pode significar uma ténue retoma no recurso ao crédito”, avança a direcção da UACS em explicação, já que este último dado “sob dos 25% registados no inquérito de Abril para 28%” no inquérito hoje apresentado.
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