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Tarifa social da internet só chega no final do ano escolar
Prevista desde abril, a medida foi novamente adiada para o segundo semestre do ano. As aulas à distância arrancam também sem a maioria dos computadores com acesso à internet prometidos a alunos e professores.
Na melhor das hipóteses, a tarifa social de internet só vai chegar perto do fim do ano letivo, apesar de a medida já estar prometida desde abril do ano passado para garantir a acessibilidade por parte das famílias mais desfavorecidas.
Em resposta ao DN, publicada na edição desta segunda-feira, 8 de fevereiro, uma fonte oficial da Secretaria de Estado das Comunicações referiu que "[está] a trabalhar no modelo para que possa estar a medida em vigor no segundo semestre".
O tema ganha nova relevância com o regresso do ensino à distância provocado pelo fecho das escolas neste segundo confinamento. E além da tarifa social de internet, falta também a maioria dos computadores com acesso à internet com que o Governo socialista acenara em julho a alunos e professores.
Na semana passada, o Executivo liderado por António Costa aprovou a aquisição de mais 15 mil computadores por 4,5 milhões de euros, aproveitando "uma oportunidade de mercado". Somam aos 100 mil kits e 335 mil computadores já anteriormente adquiridos a propósito do programa Escola Digital, que foram angariados através de fundos fiduciários.
Quanto às datas de entrega, o Governo não divulgou detalhes, afirmando estar a "tentar agilizar os procedimentos para ultrapassar os atuais constrangimentos logísticos no transporte internacional de carga" e sublinhando apenas que deverão chegar aos alunos carenciados algures durante o segundo período do ano escolar.