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Professores em greve a todas as atividades nas férias da Páscoa

A Fenprof estendeu a greve ao trabalho extraordinário até dia 22 de abril. A estrutura sindical diz que há escolas que estão a chamar os professores para reuniões nos dias de descanso.

Manuel de Almeida/Lusa
11 de Abril de 2019 às 09:08
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Os professores estendem a greve ao trabalho extraordinário a todas as atividades para que sejam convocados a partir de hoje, e até 22 de abril, período coincidente com a pausa letiva da Páscoa.

Segundo um comunicado da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), "esta decisão fica a dever-se ao facto de algumas escolas estarem a convocar os professores para atividades e reuniões a realizar em dias que deverão ser de descanso também dos docentes, o que é absolutamente indispensável nesta fase do ano letivo".

"Só a não consideração da importância dos momentos de interrupção da atividade docente, designadamente no Natal e na Páscoa, como imprescindíveis para atenuar o desgaste provocado pelo exercício continuado da profissão, em constante adaptação aos grupos de alunos, pode justificar esta atitude de algumas direções de escolas. Uma situação a que não é alheio o exemplo que vem do Ministério da Educação, cujos responsáveis nada fazem para pôr fim aos abusos e às ilegalidades que continuam a afetar os horários dos docentes", criticou a Fenprof em comunicado.

Os professores estão há meses em greve ao trabalho extraordinário, ou seja, todas as reuniões marcadas pelas escolas fora do seu horário semanal de 35 horas, o que os sindicatos defendem ser um desrespeito pela lei.

A Fenprof atribui a responsabilidade da greve ao trabalho extraordinário ao Ministério da Educação, "que recusa resolver este problema, não respondendo, sequer, aos pedidos de reunião que, também sobre esta questão, foram apresentados".

A federação referiu ainda no comunicado que depois de 22 de abril, e até 3 de maio, a greve volta aos moldes em que decorreu até agora, ou seja, com pré-avisos semelhantes aos anteriores, prevendo apenas greve às reuniões fora das 35 horas semanais.

"A partir de 3 de maio e até final do ano letivo, os pré-avisos irão permitir que, para além das reuniões até agora abrangidas, a greve incida sobre reuniões de conselho de curso do ensino profissional e reuniões de secretariado de provas de aferição e de exames, sempre que não estiverem integradas no horário dos professores (componente não letiva de estabelecimento), constituindo, por isso, serviço extraordinário", adiantou a Fenprof.
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