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Ministro da Educação garante exames na data prevista
O ministro da Educação, Nuno Crato, garantiu hoje que os exames nacionais vão realizar-se na data prevista, sublinhando que estão em curso os mecanismos legais para a definição de serviços mínimos, perante a greve convocada pelos professores.
Questionado sobre a possibilidade de adiar o exame de Português, o primeiro do calendário do secundário, dia 17, o ministro afirmou: "Está fora de causa. Vamos fazer o exame na data própria".
O ministro manifestou ainda esperança de que a greve não se concretize, afirmando-se disposto a discutir com os sindicatos de professores.
A Federação Nacional de Professores (FENPROF) já disse que caso as greves às avaliações, que decorrem entre 7 e 14 de Junho, e a greve geral dos professores (a 17) não surtam efeito, serão entregues novos pré-avisos "até ao tempo que for preciso".
Hoje, Nuno Crato assegurou que o Governo tudo fará para que os exames decorram "com toda a normalidade".
"Não podemos permitir que 75.000 alunos, logo no primeiro dia, sejam prejudicados", declarou.
Os exames, disse, são um conjunto de provas e qualquer falha pode ter "repercussões em todo calendário escolar e na entrada na universidade".
O ministro reconheceu que as medidas a aplicar à Função Pública (mobilidade especial e aumento de 35 horas para 40 horas semanais de trabalho) vão abranger os professores, mas reiterou que tudo fará para que na prática os docentes não fiquem sujeitos ao regime de mobilidade.
"Não podemos deixar de estender aos professores aquilo que vai estender-se a toda a Função Pública", declarou, sublinhando que a discussão com os sindicatos visa minimizar o impacto das medidas, por forma a causarem o menor transtorno possível na vida dos professores.
Sobre o ano lectivo que se inicia em Setembro, indicou que será preparado em função dos horários que neste momento os professores têm, prosseguindo as negociações sobre esta matéria.
O ministro, que falava à margem de uma sessão de esclarecimento sobre a adesão de Portugal ao telescópio E-ELT, do Observatório Europeu do Sul (ESO), fez um apelo aos professores para que reflictam na importância dos exames para os alunos e as famílias.
"A greve num momento de exames é algo de muito preocupante para os jovens e para os pais", defendeu.